TAP absteve-se na votação da destituição do CEO da Groundforce

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 10 mai 2021 (Lusa) - A TAP não aderiu à proposta de destituição do presidente executivo da Groundforce apresentada pela Pasogal, de Alfredo Casimiro, abstendo-se na votação, de acordo com a declaração de voto a que Lusa teve hoje acesso.

A assembleia-geral de acionistas da Groundforce deliberou hoje a "destituição por justa causa e com efeitos imediatos" de Paulo Leite, ex-presidente executivo (CEO) do grupo por atos de gestão "que lesaram a empresa", de acordo com um comunicado da Pasogal, principal acionista da empresa de 'handling', que adianta ter sido uma decisão tomada "por unanimidade".

De acordo com a declaração de voto, "a TAP -- Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. não adere à proposta de deliberação apresentada pela Pasogal, SGPS, S.A. no âmbito do ponto um da ordem de trabalhos, nem aos respetivos fundamentos".

A TAP refere que discorda "expressamente das alegações constantes desta proposta no que se refere aos contratos de compra e venda e de aluguer de bens móveis celebrados em 19 de março de 2021 entre a Transportes Aéreos Portugueses, S.A. e a SPdH -- Serviços Portugueses de Handling, S.A. e à deliberação adotada pelo Conselho de Administração da SPdH -- Serviços Portugueses de Handling, S.A. de 19 de março de 2019 que aprovou a sua celebração".

Entende que "os mencionados contratos estão plenamente válidos e em vigor e que a deliberação do Conselho de Administração da SPdH -- Serviços Portugueses de Handling, S.A. de 28 de abril de 2021, que é mencionada na proposta de deliberação da Pasogal, SGPS, S.A., relativa ao ponto um da ordem de trabalhos, se encontra viciada por ter sido aprovada apenas por uma parte dos administradores presentes nessa reunião", refere, na declaração de voto.

"Nesse sentido, a TAP -- Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. decide abster-se", acrescenta.

Também a Portugália se absteve na reunião magna de acionistas.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português e que é acionista minoritário e principal cliente da empresa que presta assistência nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.

 

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