Autarcas transmontanos querem cálculo de risco da Covid-19 por CIM ou área metropolitana

Autarcas transmontanos querem cálculo de risco da Covid-19 por CIM ou área metropolitana
| Norte
Porto Canal com Lusa

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes pediu hoje a alteração dos critérios de cálculo de risco da covid-19 para que este tenha em conta os casos por CIM ou áreas metropolitana, em vez do concelho.

A CIM, que representa nove dos 12 concelhos do distrito de Bragança, entende que o atual critério da incidência por município com base no número de casos por 100 mil habitantes "compromete a leitura clara dos dados, criando confusões e alarme desnecessário nas populações".

Nos 12 concelhos do distrito vivem menos de 125 mil pessoas e a CIM Terras de Trás-os-Montes alerta que a fórmula nacional prejudica os territórios de baixa densidade, na medida em que "os valores de referência utilizados conduzem a situações em que uma dezena de casos colocam estes concelhos em risco extremo de contágio, com todas as consequências negativas que daí advêm".

Numa altura em que se aproxima a data prevista para o início da terceira fase de desconfinamento, os presidentes dos nove municípios transmontanos desta CIM temem que, caso os critérios não sejam alterados, "alguns concelhos possam vir a ser impedidos de entrar nesta nova etapa e consequentemente ver agravada a já débil situação económica e social existente".

A CIM Terras de Trás-os-Montes alerta "para a necessidade de rever os critérios subjacentes à definição do risco de infeção por covid-19, defendendo que a avaliação do risco de infeção tenha como referência o número de casos por CIM ou áreas metropolitanas e não por concelho".

A posição foi assumida numa reunião do Conselho Intermunicipal, no qual estão representados os nove municípios, nomeadamente Alfândega da Fé, Bragança, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Vinhais, Vimioso, Mogadouro, Miranda do Douro e Vila Flor.

O Conselho Intermunicipal manifesta, em comunicado divulgado hoje, preocupação "com o reflexo negativo" da forma de cálculo em vigor e defende a alteração da mesma "com o objetivo de acautelar a incerteza do risco, relacionada com a dimensão da população de cada município".

Nesse sentido, a CIM Terras de Trás-os-Montes pretende que os cálculos de risco "sejam realizados com base territorial e não por concelho", tendo como referência o número de casos por Comunidade Intermunicipal ou área metropolitana.

"A CIM Terras de Trás-os-Montes não pretende colocar em causa a necessidade de monitorizar e avaliar os riscos de contágio da pandemia da covid-19, considerados essenciais para conter a evolução de contágios, alerta apenas para o facto de que realidades diferentes devem ser abordadas de formas diferentes", ressalva.

Cinco concelhos do distrito de Bragança não apresentam qualquer caso ativo de infeção pelo novo coronavírus, segundo o último relatório das autoridades saúde locais, divulgado na quarta-feira.

Os sete municípios com casos são todos da área da CIM Terras de Trás-os-Montes e totalizam 49, a maioria dos quais no concelho de Mirandela, com 19, seguindo-se os concelhos de Bragança e Miranda do Douro, com nove casos, o de Vinhais, com cinco, Macedo de Cavaleiros, com quatro, Vimioso, com dois, e Vila Flor, com um.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.974.651 mortos no mundo, resultantes de mais de 138,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.931 pessoas dos 828.857 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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