Covid-19: CDS vota a favor mas recusa "eternização do estado de emergência"

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 13 abr 2021 (Lusa) - O CDS-PP vai voltar a votar favoravelmente a renovação do estado de emergência mas espera que o desconfinamento "não dependa da eternização do estado de emergência", que é "um mecanismo excecional que não deve ser banalizado".

Em declarações aos jornalistas no final de uma audiência por videoconferência com o Presidente da República, a porta-voz do CDS-PP anunciou que "o CDS vai votar favoravelmente este estado de emergência".

Falando na sede do partido, em Lisboa, Cecília Anacoreta Correia justificou esta posição com "o aumento do 'R' [índice de transmissibilidade], estando o 'R' acima de um, e tendo sido hoje anunciado que dentro de 15 dias a um mês" Portugal poderá "já ultrapassar os limiares de risco, que é os 120 casos por 100 mil habitantes".

Mas frisou que "está na hora" de "o Governo fazer um 'forcing' naquilo que são as condições para que tenha sucesso este desconfinamento", nomeadamente ao nível do "reforço da testagem, o reforço do controlo fronteiriço e monitorização das novas estirpes e a vacinação".

"Tivemos a boa notícia de que o plano de vacinação está a ter um impacto muito positivo nas pessoas acima dos 60 anos em termos de imunidade, e é o universo que mais necessita de UCI [Unidades de Cuidados Intensivos] e de hospitalizações e isso permite-nos ter esperança num desconfinamento que não dependa da eternização do estado de emergência porque o CDS entende que é um mecanismo excecional que não deve ser banalizado", destacou igualmente a dirigente.?

A porta-voz do CDS-PP defendeu ainda que "o sucesso do desconfinamento face ao aumento do 'R' e a intensidade dos contactos sociais" depende "essencialmente de o Governo fazer o seu trabalho de casa".

Sobre o plano de vacinação, Cecília Anacoreta Correia indicou que o Presidente da República disse hoje que "em três meses e meio deveria já hoje estar num estado bem mais avançado do que aquele em que se encontra".

Segundo a democrata-cristã, na audiência Marcelo Rebelo de Sousa não indicou se este poderá ser o último estado de emergência a ser decretado, tendo-se pronunciado "apenas sobre as suas preocupações" e ouvido "o que o CDS tinha para dizer".

 

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