Papa mantém visita ao Iraque apesar do lançamento de 'rockets'

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Porto Canal com Lusa

Cidade do Vaticano, 03 mar 2021 (Lusa) -- O Papa Francisco vai manter a sua viagem de 05 a 08 de março ao Iraque, apesar de pelo menos 10 'rockets' terem atingido hoje uma base norte-americana no oeste do país, causando um morto.

"Irei ao Iraque em peregrinação", disse o Papa após a sua tradicional audiência de quarta-feira, sublinhando que deseja "encontrar um povo que tanto sofreu, encontrar esta Igreja martirizada".

"Peço-vos que acompanhem esta viagem com a oração (...). O povo iraquiano espera-nos, esperava João Paulo II que foi proibido de lá ir. Não se pode dececionar um povo uma segunda vez", adiantou.

Francisco pretende honrar a promessa de João Paulo II, que desistiu em 1999 de se deslocar ao Iraque após negociações malsucedidas com o ex-presidente Saddam Hussein.

Para se tornar o primeiro Papa a visitar o Iraque e encorajar as comunidades cristãs no país, Francisco, 84 anos, enfrenta uma segunda vaga do novo coronavírus e um confinamento renovado, além de 'rockets' e manifestações.

Na terça-feira, o diretor do serviço de imprensa do Vaticano esclareceu que o Papa provavelmente se deslocará num carro blindado fechado durante a visita ao Iraque.

"A segurança é sempre responsabilidade do país visitado", sublinhou, no entanto, Matteo Bruni.

O responsável disse ainda que Francisco "não vai encontrar multidões" e que considera que "também importa que as pessoas possam vê-lo na televisão e saber que ele está no seu país".

O Papa emérito Bento XVI já considerou a visita "muito importante", mas afirmou que, "infelizmente, ocorre num momento muito difícil que a torna perigosa".

Também um dos responsáveis pela organização da visita da Presidência iraquiana, citado pela agência France-Presse, admitiu que "ela acontece num momento bastante complicado", devido nomeadamente à pandemia da covid-19.

"Talvez a melhor forma de interpretar esta viagem seja como um ato de amor por esta terra, o seu povo, os seus cristãos", disse Bruni, considerando que "cada ato de amor pode ser interpretado como extremo, mas como uma confirmação extrema de ser amado e confirmado nesse amor".

 

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