Covid-19: Moratórias em Cabo Verde deixaram por pagar 45,8MEuro aos bancos até novembro

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Praia, 23 fev 2021 (Lusa) - As moratórias lançadas em abril em Cabo Verde, para mitigar os efeitos económicos da pandemia de covid-19, levaram famílias, empresas e municípios a deixar de pagar aos bancos 45,8 milhões de euros até novembro, segundo o banco central.

De acordo com informação do relatório sobre indicadores económicos e financeiros do Banco de Cabo Verde (BCV), de fevereiro, consultada hoje pela agência Lusa, a evolução do 'stock' de crédito à economia em 2020 foi "determinada, sobretudo, pelas moratórias" bem como pela utilização das linhas de crédito ao abrigo de apoios no âmbito da covid-19.

Em novembro, segundo o BCV, o valor não pago de juros, capital e prestações dos contratos de crédito com os bancos sob o regime das moratórias ascendia a 5.071 milhões de escudos (45,8 milhões de euros). Além disso, em termos absolutos, o 'stock' de crédito à economia aumentou 3.922 milhões de escudos (35,4 milhões de euros) de janeiro a novembro de 2020.

Este regime de moratória, ou carência no pagamento das prestações do crédito bancário, é aplicado em função da avaliação da situação económico-financeira dos clientes com quebra de rendimentos devido à pandemia.

As moratórias ao crédito foram aprovadas no final de março e previam um primeiro período de seis meses, até 30 de setembro, tendo sido prorrogado até 31 de dezembro, devido à "evolução da covid-19, cujos impactos das medidas com vista à sua mitigação se fazem sentir na dinâmica económica e na situação financeira do país", admitiu anteriormente o Governo.

A medida voltou, entretanto, a ser prorrogada, até final de setembro de 2021, segundo o Governo, face à situação de crise que afeta famílias e empresas cabo-verdianas.

O regime de moratória de créditos abrange, além de empresas e famílias, também autarquias, empresários em nome individual, instituições particulares de solidariedade social e associações sem fins lucrativos.

De acordo com outro relatório do BCV, as moratórias ao pagamento do crédito beneficiavam, em 30 de novembro, 2.708 contratos de empresas, de diversos ramos de atividade e dimensão, particulares e câmaras municipais.

O valor em dívida dos contratos em moratória ascendia, nesta data, a 19% do 'stock de crédito à economia e às autarquias locais.

O Governo cabo-verdiano tem lançado várias medidas para minimizar os impactos da crise económica no arquipélago, dependente do turismo e fechado ao exterior devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Este regime de moratória é aplicável aos contratos de crédito "celebrados por empresas, empresários em nome individual, instituições particulares de solidariedade social, associações sem fins lucrativos e outras entidades da economia social" e, no caso dos consumidores individuais, "aplica-se aos contratos de crédito para habitação própria permanente e outros créditos", explicou anteriormente o banco central.

PVJ // VM

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.