Covid-19: Técnicos de emergência pré-hospitalar criticam falta de coordenação do INEM

| País
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 22 jan 2021 (Lusa) -- O sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar criticam a falta de coordenação que faz com que as ambulâncias se acumulem nas urgências dos hospitais e diz que já propôs equipas de reforço, mas não recebeu resposta.

Em declarações à agência Lusa, Rui Lázaro, do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, adiantou que já hoje o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM pode decidir enviar o doente para outra unidade que não a da área de residência e, por isso, diz não entender porque se insiste no envio para hospitais que deixam o doente à espera várias horas no exterior.

"Não se entende como, perante este acumular de ambulância nas urgências de alguns hospitais, não se faz o contacto com outras unidades e não se encaminha o doente para outras unidades. Mesmo que fosse para fora da região, a viagem era mais demorada, mas, ainda assim, o doente era atendido mais cedo", afirmou.

Para o responsável, "o CODU sabe quando as ambulâncias estão à espera em filas, logo, deveria coordenar o envio para outros locais", sobretudo porque a maioria das urgências hospitalares "atendem doentes com patologia respiratória".

"Depois, se fosse o caso de um doente que tivesse de ser tratado noutro local, pelo menos era estabilizado e depois transferido. Já acontece agora pois há doentes internados, que com a pressão e falta de capacidade dos hospitais, são transferidos até de Lisboa para o Porto e vice-versa", acrescentou.

Para responsável sindical, o acumular de ambulâncias em fila, durante horas, nas urgências dos hospitais "faz com que estejam retidos não só os veículos, que poderiam estar a fazer outros serviços, como os técnicos, que estão ali à espera e poderiam igualmente assistir outros doentes".

Rui Lázaro diz que o sindicato já fez, há cerca de duas semanas, ao INEM, com conhecimento da Secretaria de Estado, um pedido de esclarecimento, manifestando-se disponível para colaborar na constituição de equipas de reforço, "sobretudo nas zonas mais afetadas, como o Centro e o Sul, mas até ao momento não teve resposta.

Em comunicado, o sindicato já tinha considerado que "os acontecimentos que têm vindo a público nos últimos dias [filas de ambulâncias com doentes] revelam a falta de preparação do INEM", considerando que enviar ambulâncias para hospitais onde já existem outras retidas releva "impreparação e inação", além de colocar em risco a vida dos cidadãos transportados, bem como de quem sofre de um acidente ou de doença súbita e possa vir a precisar de recorrer à emergência médica".

A Lusa questionou o INEM sobre todas as matérias referidas pelo sindicato, mas até ao momento o instituto não respondeu.

SO // SB

Lusa/Fim

+ notícias: País

EuroDreams. Dois apostadores vencem prémio de dois mil euros por mês durante cinco anos

A chave do sorteio de Eurodreams desta segunda-feira ditou a atribuição de um terceiro prémio a oito apostadores portugueses, no valor de 137,73 euros.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.