TAP: Despedimentos podem ser menos de 2.000 se trabalhadores aceitarem medidas voluntárias
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 11 dez 2020 (Lusa) -- O ministro das Infraestruturas disse hoje que o número de despedimentos pode ser inferior a 2.000 trabalhadores se houver adesão dos trabalhadores às medidas voluntárias para a redução dos postos de trabalho.
"Foram apresentadas aos sindicatos um conjunto de medidas voluntárias, que permitem reduzir o número de saídas dos 2.000", como 'part-time', mútuo acordo, reformas antecipadas e licenças sem vencimento, disse Pedro Nuno Santos, em conferência de imprensa, para apresentar publicamente o plano de reestruturação da TAP.
O ministro precisou que "o limite máximo de saídas são 2.000 trabalhadores", mas prometeu "trabalhar com os sindicatos para conseguir reduzir este número de saídas".
Sobre a redução da massa salarial prevista, Pedro Nuno Santos adiantou que o corte de 25% nas remunerações é progressivo, e só é aplicado aos trabalhadores que ganham mais de 900 euros mensais.
"Até 900 euros não se aplicam cortes e, a partir daí, é aplicada uma taxa de 25% à parte acima dos 900 euros. Isto é, um trabalhador que ganhe 1.000 euros tem um corte de 25% sobre 100 euros, a que corresponde uma redução de 2,5%. Depois progressivamente à medida que o nível salarial vai aumentando, o corte salarial vai-se aproximando dos 25%", explicou.
"Se não fizéssemos ajustamento na massa salarial [...] teríamos de acrescentar ao que já vamos injetar, pelo menos mais 1,4 mil milhões de euros em dinheiro público", adiantou, também, o ministro das Infraestruturas e da Habitação.
Como a Lusa noticiou em novembro, a TAP vai propor aos trabalhadores um pacote de medidas voluntárias, que incluirá rescisões por mútuo acordo, licenças não remuneradas de longo prazo e trabalho a tempo parcial.
Numa comunicação enviada então aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a administração referia já que "quanto maior for a adesão, menor será a necessidade de outras medidas a decidir futuramente".
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