Covid-19: Aulas presenciais na Praia retomadas em 02 de novembro - PM

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Porto Canal com Lusa

Praia, 28 out 2020 (Lusa) - O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, anunciou hoje que as aulas presenciais na cidade da Praia serão retomadas em 02 de novembro e não descarta um alívio no nível de restrições a partir do final deste mês.

"Investimos para abrir o ano escolar com medidas adequadas. Dia 02 de novembro, as aulas presenciais iniciarão na cidade da Praia", anunciou Ulisses Correia e Silva, ao explicar esta manhã, no parlamento, as respostas do executivo à crise provocada pela covid-19 no arquipélago, sendo este também o primeiro debate na Assembleia Nacional, com o chefe do Governo, desde julho.

As aulas presenciais do ano letivo 2020/2021 em Cabo Verde arrancaram em 01 de outubro, com exceção da Praia, devido ao nível de transmissão da covid-19 na capital. Em todo o país, as aulas presenciais no ano letivo anterior foram suspensas em março e não chegaram a ser retomadas, até este mês, devido à pandemia de covid-19.

Numa intervenção inicial em que sublinhou que a pandemia é um assunto "sério demais" que "não deve ser politizado", Ulisses Correia e Silva afirmou que Cabo Verde está a reforçar a capacidade de testes à covid-19 e que a prioridade "foi e continua a ser proteger os mais vulneráveis" e "resolver os problemas mais prementes" ao nível da economia.

"Até ao dia 31 deste mês decidiremos se mantemos ou renovamos o estado de calamidade vigente, ou se baixamos para o estado de contingência, retirando um conjunto de restrições existentes", anunciou o primeiro-ministro, perante os deputados.

"Temos que saber conjugar o desconfinamento e o levantamento das restrições com o reforço da responsabilidade cidadã", disse ainda.

O debate de hoje com o primeiro-ministro abre a segunda sessão parlamentar ordinária de outubro, que se prolonga até sexta-feira, tendo o tema "As respostas sanitárias, económicas e sociais para o novo contexto da pandemia de covid-19" sido agendado pelo grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição).

"Estamos a assegurar a disponibilidade de vacinas [para a covid-19], assim que estiverem certificadas pela OMS", anunciou ainda o chefe do Governo, depois de passar em revista as várias medidas de apoio social e económico em sete meses de pandemia em Cabo Verde.

Pela voz da líder do PAICV, a oposição criticou o Governo, por ter aprovado medidas para lidar com a crise sanitária e económica, mas que "falharam" na implementação.

"Temos de fazer um combate à covid-19, mas também à pobreza em Cabo Verde", afirmou Janira Hopffer Almada.

A líder do PAICV defendeu que o país precisa agora de uma "agenda progressista" para "vencer esta crise" com "diálogo e concertação".

Este debate mensal -- a atividade parlamentar esteve em período de férias desde finais de julho ao início de outubro - surge numa altura em que Cabo Verde soma 8.472 casos positivos de covid-19, acumulados desde 19 de março, com 94 óbitos.

Em 04 de setembro, o total de casos acumulados de covid-19 era de 4.200, que duplicaram no espaço de um mês e meio, segundo dados das autoridades de saúde.

Depois de uma recessão histórica, entre 6,8% e 8,5% este ano, desde logo influenciada pela quebra do turismo, praticamente inexistente desde março, apesar de garantir 25% do Produto Interno Bruto (PIB), o Governo prevê para 2021 um crescimento económico de 4,5%, mas só se o país conseguir controlar a pandemia e se verificar um desconfinamento em todo o mundo.

Até final do ano, o Governo espera que a taxa de desemprego duplique, devido à pandemia, para 19,2%, descendo ligeiramente em 2021, para 17,2%.

Para o próximo ano económico, o Governo cabo-verdiano prevê ainda uma inflação de 1,2%, défice orçamental de 8,8% e uma dívida pública de 145,9% do PIB.

PVJ // VM

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