Manifestação em Ramallah pela libertação de líder de um movimento anti-Israel

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Porto Canal com Lusa

Ramallah, Cisjordânia, 11 ago 2020 (Lusa) -- Ativistas palestinianos saíram hoje às ruas de Ramallah, na Cisjordânia, para exigir à União Europeia (UE) que interceda junto de Israel pela libertação de um líder de uma campanha local de boicote ao Estado hebraico.

Nos últimos dias, várias organizações não-governamentais (ONG), incluindo a Amnistia Internacional (AI), têm exortado Israel a libertar Mahmoud Nawajaa, 34 anos, coordenador do movimento BDS (boicote, desinvestimento, sanções) nos territórios palestinianos para acabar com a opressão de Israel.

Segundo a Amnistia Internacional, Mahmoud Nawajaa foi detido a 30 de julho na sua residência em Ramallah pelo exército israelita e foi, depois, transferido para uma prisão em Israel, onde não pode ter contacto com os seus advogados.

Hoje, mais de uma centena de pessoas manifestou-se nos territórios palestinianos defronte de representações consulares da Alemanha, país que assegura a presidência rotativa da União Europeia (UE), para exigir aos 27 que pressionem Israel para se obter a libertação de Mahmoud Nawajaa.

"A nossa principal mensagem à UE e à Alemanha é para que peçam e intercedam junto de Israel para que sejam respeitados os direitos humanos e para que sejam libertados os nossos defensores", disse Omar Barghouti, cofundador da Campanha BDS, citado pela agência France-Presse (AFP).

A campanha apela ao boicote económico, cultural ou científico de Israel, tendo como pano de fundo o fim da ocupação e da colonização dos territórios palestinianos.

Os membros da campanha apoiam-se no exemplo da África do Sul, defendendo que o boicote ao país permitiu pôr fim ao sistema de segregação racial ("apartheid") sul-africano.

Israel, por seu lado, acusa os membros da Campanha BDS de "antissemitismo" e de porem em causa a própria existência de Israel, o que é negado pelo movimento.

Desde 2017 que Israel proíbe a entrada no país a estrangeiros acusados de apoiar a campanha.

Em novembro de 2019, o representante da Human Rights Watch (HRW), Omar Shakir, que nega ter qualquer ligação à campanha, foi a primeira pessoa a ser expulsa de Israel em virtude dessa proibição.

Segundo fontes israelitas contactadas pela AFP, Mahmoud Nawajaa não foi detido pelas suas ligações ao movimento BDS, mas por "delitos securitários".

As fontes, porém, não pormenorizaram a natureza das presumíveis infrações, não havendo qualquer acusação formal contra Mahmoud Nawajaa.

 

JSD // FPA

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