Covid-19: Itália registou 11 novas mortes e sobe o número total para 35.123
Porto Canal com Lusa
Roma, 28 jul 2020 (Lusa) -- A Itália registou 11 mortes com a covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o número total de óbitos para 35.123, no dia em que o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, pediu um prolongamento do estado de emergência.
O boletim da Proteção Civil italiana disse que já se observaram 246.488 casos de contágio com o novo coronavírus, desde o início da pandemia no país, o que representa um aumento de 202 casos desde segunda-feira.
O Governo italiano está determinado a envolver o Parlamento na estratégia de luta contra a pandemia e, hoje, Giuseppe Conte pediu aos deputados que aprovem uma extensão do estado de emergência, que expira em 31 de julho, até 31 de outubro.
O chefe de Governo italiano explicou que o Conselho de Ministros "não quer criar um sentimento injustificado de medo ou de alarme, mas apenas manter as medidas organizacionais efetivas aplicadas até agora", para que Itália continue a ser "um país que os turistas queiram visitar e onde os italianos se sintam seguros".
Conte disse que a "Itália é atualmente um país seguro" e que a curva de transmissão diminuiu acentuadamente desde abril, quando o número de infeções atingiu o pico, mas lembrou que "o vírus continua a circular no país, dando origem a novos surtos, que têm sido rapidamente identificados e controlados".
Segundo a Proteção Civil, nas últimas 24 horas foram curadas 163 pessoas e o número de contágios efetivo é agora de 12.609, com 40 pacientes em cuidados intensivos.
A Lombardia, a região mais afetada, teve 53 casos de novas infeções nas últimas 24 horas, seguida da Campânia, com 29 novos casos de contágio, onde as autoridades estão preocupadas com a chegada de turistas nacionais e estrangeiros, pelo que já fizeram saber que estão agradadas com a extensão do estado de emergência.
O estado de emergência em Itália permite que o Governo mantenha as decisões de restrições sanitárias atuais, que, de outra forma, perderiam o seu efeito, explicou hoje Conte, referindo-se à necessidade de manter a pressão na luta contra a pandemia.
"A monitorização da saúde dos migrantes" e o cumprimento da sua quarantena é uma ferramenta necessária e oportuna para a proteção da saúde pública, explicou o primeiro-ministro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 654 mil mortos e infetou mais de 16,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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