Covid-19: Brasil terá pelo menos oito milhões de infetados - estudo

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Cidade do México, 03 jul 2020 (Lusa) - O México registou 679 mortos e 6.741 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos para 29.189 e o de contágios para 238.511, informaram as autoridades.

O diretor de Epidemiologia do Governo mexicano, José Luis Alomía, adiantou ainda que se suspeita de que outras 2.185 mortes podem ter sido provocadas pela covid-19, aguardando-se exames laboratoriais para determinar a causa do óbito.

O México passou a Espanha e é já o sexto país do mundo com o maior número de mortes por covid-19.

Tanto os casos confirmados e ativo, bem como as mnortes estão concentrados sobretudo na Cidade do México e no Estado do México.

O especialista também explicou, numa conferência de imprensa, que um total de 142.593 pessoas já recuperaram da doença, representando 60% dos casos confirmados acumulados desde que a pandemia foi declarada.

Desde 01 de junho, o México vive um período "novo normal", a partir do qual são reguladas as atividades económicas e de convivência com recurso a um semáforo epidemiológico de quatro cores.

Em 14 dos 32 estados do país, o vermelho é aplicado, com risco máximo, e nos 18 restantes, laranja de alto risco. Nenhuma entidade territorial mexicana foi declarada amarela (risco médio) ou verde (risco baixo).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 517 mil mortos e infetou mais de 10,76 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

JMC // JMC

Lusa/Fim

Brasília, 03 jul 2020 (Lusa) - O Brasil terá pelo menos oito milhões de infetados pelo novo coronavírus, quase seis vezes mais do que o número oficial, segundo um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde, que examinou 89.397 brasileiros em 133 cidades.

O estudo, cujos resultados foram divulgados na quinta-feira numa conferência de imprensa do Ministério da Saúde, mostra o alto índice de subnotificação de casos da doença no Brasil, cujos dados oficiais colocam o país como o segundo no mundo com mais vítimas mortais (61.884), e com mais infetados, 1.496.858.

"De modo geral, a diferença entre o número de pessoas infetadas é seis vezes maior do que o número de casos notificados. Trata-se de algo esperado, quando a maior parcela dos casos é leve ou assintomática, o que deve ser ainda confrontado com outros estudos disponíveis visto que outras estimativas apontaram um número maior para essa chamada subnotificação", indicou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.

De acordo com o estudo realizado por investigadores da Universidade Federal de Pelotas, em Rio Grande do Sul, 3,8% das pessoas examinadas entre 21 e 24 de junho tinham anticorpos para a covid-19 nas suas amostras de sangue, ou seja, estavam infetadas ou já tinham estado em contacto com o vírus que transmite a doença.

Projetando essa percentagem, os cientistas calculam que se 3,8% dos 211 milhões de brasileiros têm anticorpos para o vírus, pelo menos oito milhões já teriam sido infetados em algum momento nos últimos quatro meses.

O estudo foi realizado em três etapas (segunda quinzena de maio, primeira quinzena de junho e segunda quinzena de junho) e mostrou que o número de pessoas infetadas aumentou 23% entre a segunda e a terceira etapas, bem abaixo do aumento de 53% registado entre a primeira e a segunda.

"É um excelente resultado, porque medimos um aumento de 53% entre a primeira e a segunda fase, que é um salto gigantesco, e esse crescimento já diminuiu. Idealmente, deveria ser menor, mas já se trata de uma vitória", afirmou o reitor da Universidade Federal de Pelotoas, Pedro Hallal, em conferência de imprensa.

Enquanto que na primeira etapa a percentagem de pessoas com anticorpos foi de 1,9% dos analisados (com os quais o Brasil teria quatro milhões de casos), esse valor duplicou para 3,8% na terceira fase (oito milhões).

Na primeira etapa do estudo, o número de pessoas com anticorpos detetados era sete vezes superior ao número de casos confirmados oficialmente na ocasião. Na segunda, essa proporção diminuiu para seis e, na última etapa, caiu para cinco.

Além do alto grau de subnotificação da doença no país, o estudo também mostrou que o contágio está a crescer mais entre os pobres, negros e indígenas, que apresentam taxas de contágio três vezes superiores às de brancos e ricos.

"A tendência é que o número de pessoas com anticorpos aumente conforme diminui o nível socioeconómico. Entre os 20% mais ricos, a percentagem de infetados era de 1,8% e entre os 20% mais pobres, era de 4,1%", indicou o estudo.

Outro ponto de destaque é que as maiores proporções de pessoas infetadas são encontradas em negros e pardos (termo usado no Brasil para identificar o tom de pele fruto de uma miscigenação), (5,6%) e índios (5,4%), enquanto que a taxa entre brancos é de 1,1%.

"Também foi possível observar que o recente relaxamento das medidas de distanciamento social em vários municípios fez com que a curva de contágio não entrasse em fase descendente, ao contrário do que ocorreu nas cidades que apenas levantaram a quarentena após uma queda consistente no número de novas infeções", disse Hallal.

O reitor afirmou ainda que chamou a atenção da equipa o facto de que as "cidades que seguiram as recomendações e só relaxaram o isolamento quando a curva já estava a descer, como Manaus (na Amazónia), é possível ver que a curva não voltou a subir. As cidades que decidiram relaxar com a curva em ascensão, cometeram um erro. E várias cidades estão a cometer esse erro", acrescentou.

O estudo também mostrou que a percentagem de infetados assintomáticos não é tão alta quanto se imaginava, uma vez que apenas 9% das pessoas que contraíram a covid-19 disseram não terem tido sintomas.

A investigação foi patrocinada pelo Ministério da Saúde, que pagou a contratação dos vários profissionais que trabalharam no estudo e forneceu os testes sorológicos rápidos usados ao longo do trabalho, que foi o maior feito até agora no país sobre a pandemia.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 517 mil mortos e infetou mais de 10,76 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

MYMM // JMC

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Cavalos à solta causam o caos em Londres e provocam quatro feridos

Quatro pessoas ficaram feridas depois de vários cavalos do exército britânico em fuga terem corrido descontroladamente pelo centro de Londres, confirmou a Polícia Metropolitana.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.