Presidente da Câmara de Viseu repudia decisão do INEM de enviar helicóptero para Loures

Presidente da Câmara de Viseu repudia decisão do INEM de enviar helicóptero para Loures
| País
Porto Canal com Lusa

O presidente da Câmara de Viseu repudiou hoje a decisão do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de colocar provisoriamente em Loures o helicóptero estacionado no aeródromo municipal, uma vez que “maltrata, mais uma vez, os territórios do Interior”.

“O município de Viseu foi surpreendido esta segunda-feira, 01 de junho, com o anúncio público do INEM da deslocalização do helicóptero atualmente estacionado no Aeródromo Municipal Gonçalves Lobato, para o Heliporto de Salemas, em Loures”, afirma o presidente da câmara, António Almeida Henriques, em comunicado.

O INEM anunciou hoje, através de um comunicado, que o helicóptero atualmente posicionado em Viseu irá ser “relocalizado temporariamente no heliporto de Salemas, em Loures, de forma a manter a operacionalidade deste meio aéreo e sempre no cumprimento estrito de todos os requisitos e normas aplicáveis à operação aeronáutica”.

Segundo o INEM, o helicóptero vai operar a partir de Salemas até que seja implementada uma solução definitiva que permita a certificação do heliporto de Santa Comba Dão como base permanente.

O INEM avança que esta solução está a ser trabalhada entre as entidades responsáveis, tendo sido garantido ao instituto que a criação das condições necessárias para a certificação do heliporto irá acontecer num curto espaço de tempo.

Almeida Henriques afirma que “a autarquia estranha e lamenta” ter tido conhecimento desta decisão “através da comunicação social” e também por a deslocalização “ser já no dia 04 de junho, para Loures, na Área Metropolitana de Lisboa”.

“O município de Viseu repudia a saída deste importante meio de emergência médica da região, constatando e lamentando os argumentos pouco sólidos que estão na base desta decisão”, adianta o comunicado.

Almeida Henriques defende que “esta decisão maltrata, mais uma vez, os territórios do Interior, afastando este importante meio do seu âmbito de ação”, além de que “a região de Viseu perde também as equipas e a VMER [viatura médica de emergência e reanimação] que estavam afetas à aeronave”.

O comunicado acrescenta que, “em outubro de 2019, o INEM, na pessoa do seu presidente, solicitou ao município de Viseu a permanência do seu helicóptero no aeródromo municipal, devido à inoperacionalidade do heliporto de Santa Comba Dão”.

“O Município de Viseu acedeu a este pedido, não só pelo facto de o nosso aeródromo reunir as condições necessárias para o satisfazer, mas também para, desta forma, garantir que a aeronave permanecia na região de Viseu”, explica.

Almeida Henriques lembra ainda que “deixou bem claro, desde o início, que nada fizera para ter o helicóptero em Viseu, assim como nada faria para que o mesmo não regressasse a Santa Comba Dão, logo que e se as condições o permitissem”.

“Viseu apenas e só defendeu os interesses da região, mantendo uma aeronave fundamental no socorro às populações”, esclarece António Almeida Henriques no comunicado.

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