Liga dos Chineses acusa EUA de quererem travar China com difamações

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Porto, 01 jun 2020 (Lusa) - O presidente da Liga dos Chineses e responsável pela recém-criada Câmara do Comércio Portugal-China acusou hoje o presidente dos EUA de ser responsável por uma campanha para denegrir a China com o objetivo de travar o seu crescimento.

Em entrevista à Lusa, Y Ping Chow rejeita que a China esteja a aproveitar a crise pandémica para tirar proveitos políticos e defende que esta é uma teoria que apenas serve o Estados Unidos da América.

"Na minha ótica, embora muitos jornais e muitos políticos, digam que a China aproveitou [a pandemia de covid-19] para ganhar influência, esta é uma teoria lançada pelo dirigente dos Estados Unidos. Neste momento, os EUA, principalmente o senhor presidente [Donald Trump], qualquer coisa [que digam] é contra a China porque quer travar o desenvolvimento, a participação dos chineses", defendeu, acrescentando "é uma política deles".

Y Ping Chow considera, no entanto, que o apoio que a comunidade chinesa e o Governo daquele país tem dado à Europa e nomeadamente a Portugal, através da doação de equipamento médicos e outro material necessário ao combate à covid-19, prevalece sobre a teoria americana e tem contribuído para solidificar as boas relações entre Portugal e a China.

Ainda assim reconhece que, no contexto desta pandemia, houve quem tentasse associar o novo coronavírus à China, referindo-se à covid-19 como vírus chinês, mas, salienta foi uma minoria.

Aquele responsável não reconhece Portugal como um país xenófobo e encontra explicações para esta associação no discurso de alguns, nomeadamente no do presidente americano, Donald Trump.

"A América é um país que tem muita força, que tem muito poder e há muito seguidores", disse, criticando a atitude dos americanos do "eu, posso, quero e mando".

A China, sublinhou, não procura uma contrapartida, mas apenas criar e fortalecer relações e amizades.

Y Ping Chow não tem dúvidas que, tal como as empresas portuguesas, os empresários chineses terão quebras entre os 30% a 50% por causa da covid-19, mas acredita que surgirão novas oportunidades de negócio.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou perto de 400 mil mortos e infetou mais de 6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,5 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.410 pessoas das 32.500 confirmadas como infetadas, e há 19.409 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

VSYM // PJA

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.