Covid-19: Ministro da Economia promete novos apoios para "mais frágeis" e acelerar investimento público
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 30 abr 2020 (Lusa) - O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou hoje que o Governo irá lançar apoios sociais para "franjas não cobertas" da população mais frágil, e apelou a um pacto para acelerar o investimento público.
Num debate de atualidade no parlamento sobre o relançamento da economia no âmbito da pandemia de covid-19, o ministro assegurou que o Governo está preparado para a nova fase de desconfinamento.
"O Governo não tem medo. O Governo ouviu muita gente há dois meses a dizer 'fechem tudo', e dissemos que era necessário fechar, acautelando a economia. Agora, é preciso abrir com confiança, assegurar que os passos que damos são passos seguros", afirmou.
Uma das prioridades desta "nova fase", apontou, será proteger "os mais frágeis", nomeadamente franjas da população "que ainda não estão cobertas".
"O Governo irá fazer aprovar medidas para cobrir casos sociais para os quais ainda não existe no sistema de proteção social uma resposta adequada e fá-lo-á o mais rapidamente possível", assegurou.
No debate, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital foi desafiado pelo PS a dar garantias de que irá manter o investimento público previsto, intenção que confirmou, dizendo até que o executivo pretende ir mais longe.
Segundo Siza Vieira, para este ano está previsto um crescimento de 20% do investimento público, para os 4.829 milhões de euros, que, em 2021, crescerá para os 6.221 milhões de euros.
"Temos de fazer mais, temos de ser capazes de assegurar a aceleração da execução do investimento público que já temos consensualizado na sociedade portuguesa. Para isso, é muito necessário que, em conjunto, possamos fazer um pacto", defendeu.
Siza Vieira apontou a flexibilidade da Comissão Europeia para uma reprogramação da despesa nesta área comparticipada a 100% nesta área no próximo ano.
"Mas só terá impacto se formos capazes de executar a um ritmo que, neste momento, o conjunto da legislação que nos controla nos impede de executar, é para isso que convoco o país", apelou.
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