Covid-19: PSP distribuiu 15 mil 'kits' de proteção e prevê mais 10 mil esta semana

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 18 mar 2020 (Lusa) -- A PSP distribuiu até hoje 15 mil 'kits' de proteção individual aos polícias e prevê entregar outros 10 mil e cinco mil óculos cirúrgicos até ao final da semana face à pandemia do Covid-19, informou a força de segurança.

Em comunicado sobre a capacidade operacional da PSP devido ao novo coronavírus, a Polícia de Segurança Pública avança que os 15 mil 'kits' de proteção individual distribuídos aos polícias são compostos por máscara e luvas cirúrgicas, gel desinfetante e instruções de utilização.

"Durante a presente semana prevê-se a distribuição de 10 mil 'kits' adicionais, bem como cinco mil óculos cirúrgicos. Adicionalmente, e em estreita articulação com o Ministério da Administração Interna, está a ser organizada a aquisição de equipamentos adicionais para fazer face às eventuais necessidades, em função da evolução da situação epidemiológica", precisa a PSP.

A PSP tem cerca de 20 mil elementos policiais.

Esta polícia dá conta que, na terça-feira, foram difundidas pelo efetivo um conjunto de instruções e normas sobre o processo de preparação da PSP para fazer face atual momento de saúde pública.

Entre as normas, segundo a PSP, está a suspensão do gozo de férias para que exista "capacidade operacional máxima" e a reorganização da prestação do trabalho para "minimizar o risco de contágio cruzado e de cadeias de contágio".

A PSP frisa também que "os polícias em situação de pré-aposentação encontram-se alertados para a possibilidade de serem chamados para a prestação de serviço efetivo, em caso de necessidade, nos termos do estatuto profissional do pessoal com funções policiais da Polícia de Segurança Pública".

 Fonte policial disse à agência Lusa que todos os elementos da Unidade Especial de Polícia (UEP) receberam indicações para estarem de alerta, podendo ser chamados a qualquer momento para reforçar a segurança em qualquer ponto do país, incluindo as ilhas.

A mesma fonte explica que a UEP é uma unidade nacional, por isso os elementos têm de estar de prevenção para reforçar os locais com crises de maior dimensão, como é o caso de Ovar, que desde terça-feira está em estado de calamidade publica devido ao número de casos de Covid-19.

No comunicado, a direção nacional da PSP refere também que hoje foram difundidas diretivas operacionais sobre procedimentos operacionais dos polícias perante os cenários.

"Pretende-se que os polícias tenham pleno conhecimento do procedimento operacional a concretizar principalmente nas situações em que tenham de lidar com cidadãos que se saiba ou haja fortes suspeitas de se encontrarem contaminados e, adicionalmente, em que situações deverão obrigatoriamente utilizar equipamento de proteção", sublinha o comunicado.

A PSP está também, em articulação com o Ministério da Educação, a disponibilizar informação sobre os estabelecimentos de ensino que se encontram abertos para acolher os filhos dos polícias para garantir uma rede de apoio suplementar às famílias, tendo em conta o "dever de permanente disponibilidade para o serviço".

A PSP sublinha ainda que até hoje foram sinalizados para vigilância/quarentena cerca de 60 polícias e sem especial concentração em nenhuma região em particular, não existindo registo de resultados positivos de Covid-19.

Portugal regista duas mortes de pessoas infetadas com o novo coronavírus, de acordo com o segundo boletim epidemiológico da pandemia da Covid-19 divulgado hoje, que contabiliza 642 pessoas infetadas pelo novo coronavírus, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O Governo declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de hoje, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19, que começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países, infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

 

CMP // HB

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