Covid-19: Previsões económicas de Angola devem ser repensadas, revistas e ajustadas

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Porto Canal com Lusa

Luanda, 13 mar 2020 (Lusa) - O Presidente angolano avisou hoje, em Luanda, que as previsões económicas do país "devem ser repensadas, revistas e ajustadas", devido à pandemia do coronavírus.

João Lourenço falava na qualidade de líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, na abertura da III reunião ordinária do Comité Central da organização política.

Segundo João Lourenço, as consequências da pandemia do novo coronavírus, o Covid-19, não constitui apenas uma séria ameaça à saúde pública mundial, mas também às economias dos países à escala planetária.

Em pouco mais de dois meses, sublinhou João Lourenço, "a economia mundial foi seriamente atingida, as principais indústrias foram profundamente afetadas, o número de empresas temporariamente afetadas ou a trabalhar muito abaixo das capacidades instaladas já é grande e com prejuízos enormes".

"O preço do petróleo bruto nunca tinha conhecido uma queda tão abrupta, em tão curto espaço de tempo, como nestes dias. Todas as economias do mundo, grande e pequenas, produtores e não produtores de petróleo, se ressentem, e cresce a incerteza no futuro mais próximo", referiu João Lourenço.

A nível interno, o líder do partido no poder desde 1975, anos da independência de Angola, apontou a necessidade de serem "repensadas, revistas e ajustadas" as previsões económicas, face à "inesperada e desfavorável circunstância".

"Sem, contudo, abandonar os grandes compromissos para com os cidadãos, o país e as instituições financeiras internacionais, que certamente nos ajudarão a atravessar mais este desafio", referiu.

A diversificação económica e o aumento da produção interna de produtos para exportação foram uma vez mais reiteradas por João Lourenço, para mitigar os efeitos da crise.

"Hoje, mais do que nunca, se impõe a necessidade de olharmos para dentro, de trabalharmos efetivamente no aumento da produção interna de produtos de exportação, na diversificação da economia, desenvolvendo a agricultura, pescas e as diferentes indústrias de produção de bens exportáveis", realçou.

Para o líder do MPLA, Angola tem de encontrar novas fontes de geração de divisas, contudo, "o desafio é grande".

"O momento é de trabalho e de luta e não de lamentações. Que o debate público seja realizado com este espírito de luta, mas com otimismo, com esperança em dias melhores, pois o sucesso depende sobretudo do trabalho abnegado de cada um e da vontade coletiva de toda a sociedade", concluiu.

NME // PJA

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