Covid-19: Escócia vai propor cancelamento de eventos com mais de 500 pessoas

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Porto Canal com Lusa

Londres, 12 mar 2020 (Lusa) - A chefe do governo escocês, Nicola Sturgeon, confirmou hoje que vai ser desaconselhada a realização de eventos públicos de mais de 500 pessoas para reduzir a propagação do surto do novo coronavírus Covid-19. 

Jogos de futebol ou de râguebi foram alguns dos exemplos referidos. 

"A decisão foi tomada de passar da fase de Contenção para a fase de Retardamento, a qual tem como objetivo atrasar a propagação do vírus para reduzir os número de casos no clímax, o que é importante para tentar aliviar a pressão no nosso serviço nacional de saúde", disse, após participar numa reunião de emergência com o governo britânico, especialistas e representantes das outras regiões do Reino Unido. 

O objetivo é libertar recursos, como polícias, ambulâncias e pessoal médico, e também proteger grupos e pessoas que a informação disponível indica serem mais vulneráveis a uma complicação da doença, nomeadamente idosos e pessoas com problemas de saúde. 

Sturgeon indicou também que, a partir de sexta-feira, se as pessoas tiverem sintomas indicativos de coronavirus, nomeadamente febre elevada e tosse persistente, devem permanecer em casa e auto-isolar-se durante sete dias. 

Apesar de as orientações ainda não determinarem o encerramento de escolas ou universidades, avisou que, se tal acontecer, "não será por uma ou duas semanas, mas poderá prolongar-se pelo resto do pico desta infeção, potencialmente até ao verão". 

No balanço feito hoje, as autoridades escocesas confirmaram a existência de 60 casos positivos entre 2.892 pessoas testadas. 

No Reino Unido em geral, o número de pacientes infetados subiu para 590 entre 29.764 pessoas testadas, das quais dez morrido, duas das quais após as 9:00 horas, até quando as estatísticas diárias são recolhidas. 

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

A China registou nas últimas 24 horas 15 novos casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.

Até à meia-noite de quarta-feira (16:00 horas em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 11, para 3.169. No total, o país soma 80.793 infetados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

 

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