Maior construtora do mundo, detida pelo Estado chinês, na corrida pela Brisa

| Economia
Porto Canal com Lusa

Redação, 21 fev 2020 (Lusa) - Um grupo chinês liderado pela China State Construction Engineering Corporation (CSCEC), a maior construtora do mundo e detida pelo Estado chinês, está interessada na Brisa, de acordo com a agência Bloomberg.

Segundo a agência, a companhia estatal chinesa formou um consórcio com o fundo de investimentos CNIC e com um Fundo de Desenvolvimento e Cooperação sino-lusófono.

A CSCEC foi fundada em 1957 como companhia estatal, tendo entrado no mercado dos Estados Unidos em 1985 e recentemente, devido ao coronavírus Covid-19, foi a empresa responsável pela construção de dois hospitais em 10 a 12 dias na cidade chinesa de Wuhan.

Para além da empresa detida a 100% pelo Estado chinês, outros interessados na gestora de autoestradas portuguesa são também as espanholas Globalvia (gestora de infraestruturas) e Abertis (cujo interesse era já conhecido e que formou um consórcio com o fundo GIC, de Singapura) e a japonesa Marubeni, de acordo com a Bloomberg.

A agência refere ainda que conforme noticiado em janeiro, as movimentações agora conhecidas juntam-se aos fundos Ardian e Macquarie Group, também interessados na operadora portuguesa fundada em 1972.

Em 20 de janeiro, a Bloomberg noticiava que o negócio pode chegar aos três mil milhões de euros, sendo que os dois acionistas da Brisa (Arcus e grupo José de Mello) esperam escolher em breve a lista de pré-qualificados para avançar no negócio, com ofertas vinculativas.

O capital da Brisa está neste momento dividido pela José de Mello, Arcus e Tagus Holding, sendo esta última detida pelos outros dois acionistas.

A francesa Ardian detém a concessionária de autoestradas Ascendi e comprou a portuguesa Frulact.

A Macquarie é uma multinacional australiana com interesses em diversas áreas, incluindo a financeira.

A Abertis é uma concessionária espanhola de infraestruturas.

JE (ALYN) // EA

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