Jerónimo Martins prevê investir entre 700 e 750 ME em 2020

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 20 fev 2020 (Lusa) - A Jerónimo Martins prevê investir entre 700 e 750 milhões de euros em 2020, programa que inclui a expansão das cadeias Biedronka e Pingo Doce, foi hoje anunciado ao mercado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Jerónimo Martins refere que "o programa de 'capex' [investimento] para o ano 2020 estima-se em 700-750 milhões de euros, incluindo o plano de expansão que acrescentará mais de 100 localizações líquidas à Biedronka (60% das quais no formato 'standard' e as restantes no conceito de menor dimensão), cerca de 50 à Hebe, cerca de 10 ao Pingo Doce, uma ao Recheio e cerca de 130 à Ara".

Segundo a empresa, a "rigorosa execução do plano de 2019 fortaleceu as propostas de valor de todas as insígnias, que entraram em 2020 mais competitivas e preparadas para servir os consumidores ao melhor nível".

Nas perspetivas para este ano, o grupo espera que na Polónia "a envolvente económica se mantenha positiva e que a inflação alimentar abrande relativamente à registada na segunda metade de 2019".

Neste mercado, "no setor do retalho alimentar, 2020 é o ano que verá o impacto da fase final de implementação progressiva da lei que impede a abertura de lojas ao domingo, o que corresponde à perda incremental de sete dias de vendas", refere.

Neste contexto, a cadeia polaca Biedronka "manter-se-á focada em maximizar, ao nível do LFL ['like-for-like', ou seja, vendas em lojas que operaram sob as mesmas condições no período em análise], a captura das oportunidades geradas por um ambiente de consumo favorável, nomeadamente através de um ambicioso plano de remodelações (estimado em cerca de 250 lojas em 2020)".

A Hebe, empresa polaca de saúde e bem-estar, "manter-se-á focada na expansão da sua rede de lojas e da operação de 'e-commerce' [comércio eletrónico], enquanto melhora o seu 'mix' de margem para impulsionar o crescimento do EBITDA".

No mercado português, a retalhista Pingo Doce e a grossista Recheio "prosseguirão com as suas dinâmicas comerciais e foco na qualidade".

A Jerónimo Martins adianta que o Pingo Doce "desenvolverá o seu novo conceito de loja, centrado na área de restauração e comida pronta e suportado pela capacidade acrescida resultante da recente abertura de mais uma cozinha central e do investimento adicional em 'know-how' [conhecimento] de 'meal solutions' [soluções de refeição]".

Na Colômbia, é esperado que "a economia mantenha um desempenho positivo, a Ara permanecerá focada em crescimento rentável, mantendo como primeira prioridade o crescimento LFL".

"O plano de expansão em conjunto com o reforço da proposta de valor (sortido e forte posicionamento de preço] também contribuirão para acelerar a trajetória de redução das perdas ao nível do EBITDA com vista a atingir o respetivo 'break-even' em 2021", refere o grupo.

"Para tal contribuirão também os dois centros de distribuição que entraram em operação no início deste ano e a consolidação da estratégia de preço implementada em 2019", conclui o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos.

ALU // JNM

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