Resultados da EDP impactados pela imparidade de Sines, Fridão e baixa hidraulicidade

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 20 fev 2020 (Lusa) -- O presidente executivo da EDP defendeu hoje que, apesar da queda nos resultados em 2019, este foi um ano de boa 'performance', impactado pela "imparidade de Sines", Fridão e pela baixa hidraulicidade.

O ano de 2019 "foi de boa 'performance' e de boa capacidade de entrega dos compromissos que assumimos no contexto do nosso plano estratégico, apresentado há menos de um ano", disse António Mexia, que falava aos jornalistas em conferência de imprensa, em Lisboa.

No entanto, o líder da elétrica notou que esta é a segunda vez consecutiva que a empresa registou resultados negativos em Portugal, desta vez, impactados pela "imparidade de Sines", pelo projeto de Fridão, bem como "pelos baixos níveis de hidraulicidade [...], que se recuperaram ao longo do ano".

Em 19 de dezembro, a EDP informou que a perda de competitividade das centrais elétricas a carvão teria um custo extraordinário de 300 milhões de euros e um impacto negativo nos resultados de 2019 de 200 milhões de euros.

A EDP é dona de três centrais a carvão, a de Sines, distrito de Setúbal, em Portugal, e duas em Espanha.

No discurso de tomada de posse em outubro, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o seu Governo está preparado para encerrar a central de Sines - da EDP - em setembro de 2023.

No programa eleitoral do PS, o calendário previsto para o encerramento da central a carvão de Sines era "entre 2025 e 2030".

A EDP fechou 2019 com um lucro de 512 milhões de euros, uma queda de 1% face ao ano anterior, segundo informação ao mercado, que destaca que as operações convencionais em Portugal tiveram prejuízo de 98 milhões de euros.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por António Mexia adianta que o resultado líquido reportado foi impactado por uma provisão de 86 milhões de euros relativa à barragem do Fridão, bem como o reconhecimento de uma imparidade de 297 milhões de euros nas centrais a carvão na Península Ibérica.

"Desta forma, as operações convencionais em Portugal registaram um prejuízo líquido de 98 milhões de euros em 2019, penalizadas pela manutenção de um contexto regulatório e fiscal adverso, a que se adicionou em 2019 um volume de produção de energia hídrica anormalmente baixo", justifica a energética.

PE (JNM) // JNM

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