OE2020: "A bola está do lado do Governo"

| Economia
Porto Canal com Lusa

Maputo, 17 fev 2020 (Lusa) -- Estudantes do Instituto Agrário de Bilibiza, a única escola secundária técnica em Cabo Delgado, Norte de Moçambique, vão assistir às aulas noutras instituições da região após ataques de grupos armados às instalações do instituto.

Do total, "300 estudantes vão ser deslocados para a escola Técnica de Ocua e outros 150, que são novos ingressos, deverão ser acolhidos na Escola Agrária de Balama", disse Rogério Jaime, diretor provincial da Ciência, Tecnologia, Ensino Técnico e Profissional, citado hoje pelo jornal "O País".

A data de transferência dos estudantes ainda não foi definida, avançou o diretor.

Os estudantes vão estudar na zona sul da província, mais afastada dos distritos afetados por ataques de grupos armados que incendiaram edifícios e viaturas do instituto em 29 de janeiro, durante uma incursão por várias aldeias.

O instituto Agrário de Bilibiza faz parte da Rede de Desenvolvimento Aga Khan (AKDN, sigla inglesa) na sequência de um acordo assinado com o Governo moçambicano em 2014 e tem estado a introduzir novas técnicas agrícolas, além de realizar projetos de infraestruturas.

Portugal é um dos países parceiros do Instituto Agrário de Bilibiza.

Os ataques armados eclodiram em 2017 na província de Cabo Delgado protagonizados por frequentadores de mesquitas consideradas "radicalizadas" por estrangeiros, segundo líderes islâmicos locais, que já tinham alertado antecipadamente para atritos crescentes.

Nunca houve uma reivindicação da autoria dos ataques, com exceção para comunicados do grupo 'jihadista' Estado Islâmico que, desde junho, tem vindo a chamar a si alguns deles, com alegadas fotografias das ações, mas cuja presença no terreno especialistas e autoridades consideram pouco credível.

Os ataques já provocaram pelo menos 350 mortos e 156.400 pessoas afetadas com perda de bens ou obrigadas a abandonar casa e terras em busca de locais seguros, numa província rica em gás natural, com megaprojetos de extração a serem construídos.

LFO // VM

Lusa/Fim

Lisboa, 17 fev 2020 (Lusa) -- A coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, afirmou hoje que o Governo remeteu para quarta-feira todas as respostas às propostas desta estrutura sindical considerando, por isso, que "a bola está do lado do Governo".

À saída de uma nova reunião com o secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, a dirigente sindical precisou que o governante não adiantou nenhuma resposta "sobre qualquer proposta [da Frente Comum]", referindo que "responderia na quarta-feira". Neste contexto, precisou, "a bola está do lado do Governo".

Reiterando que a Frente Comum rejeita o aumento de sete euros para os funcionários públicos que ganham até 683,13 euros por mês e a atualização salarial de 0,3% para os restantes, Ana Avoila afirmou que esta estrutura sindical mantém a proposta de um aumento mínimo de 90 euros por mês para todos os funcionários públicos, bem como uma subida dos subsídio de refeição para 6,50 euros ou, entre outras matérias, a reposição dos dias de férias existentes antes da 'troika'.

A Frente Comum exige ainda a correção da Tabela Remuneratória Única visando a manutenção da proporcionalidade dos escalões e a regulamentação e atualização dos suplementos.

Ana Avoila afirmou que também não obteve resposta a um estudo do economista Eugénio Rosa e que hoje entregou hoje ao secretário de Estado, segundo o qual a despesa com aumentos salariais na função pública em 2019 não foi de 540 milhões de euros mas de 310,7 milhões de euros.

Apesar de as negociações prosseguirem na quarta-feira, a coordenadora da Frente Comum considera que muito dificilmente será possível chegar a um acordo para este ano.

LT // JNM

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