Como o povo não pode ficar calado, Joaquim protesta junto dos professores

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 15 jun (Lusa) -- Joaquim Cruz é um bancário reformado que fez questão de hoje se juntar ao protesto dos professores, em Lisboa, porque acha que o povo não pode ficar calado.

Com 62 anos, Joaquim Cruz erguia um cartaz em que dizia que também é "vítima deste Governo" e que por isso tinha de vir à rua.

Também António Morais, professor de matemática há 25 anos, saiu hoje de Aveiro para avisar o Governo de que os professores não aguentem mais.

Para o professor, "é a escola pública que está em causa" e é hoje muito mais difícil ser professor do que era há 25 anos, quando começou a exercer a profissão.

Contratada há 17 anos, Isabel Pereira, professora de português e de francês, garantiu que para os docentes "os alunos estão sempre em primeiro lugar", mas entende que os professores têm de defender os seus direitos nas ruas.

"Os alunos que não se preocupem, que estudem calmamente porque os exames nacionais vão ser realizados", garantiu.

A professora, que este ano ficou colocada numa escola em Torres Vedras, lembrou à Lusa que também é mãe e que é também pelo direito dos alunos a uma escola pública de qualidade que adere à greve de professores na segunda-feira, dia 17, e à greve geral marcada para dia 27.

Os milhares de professores que se manifestam na praça dos Restauradores muniram-se de cartazes de todas as cores e gritam palavras de ordem contra o Governo que querem que seja demitido.

Nos cartazes podem ler-se algumas mensagens: "Um Governo só de vícios que nos pede sacrificios", "O poder queremos ignorantes, famintos, pobres e triste assim mais fáceis de pastorear".

Cerca das 17:00 prosseguiam ainda os discursos dos lideres dos vários sindicatos de professores que convocaram a manifestção que pontualmente são interrompidos por aplausos e palavras de ordem gritadas pelos manifestantes.

"Crato, escuta, os professores estão em luta", e "se a educação é cara, experimentem a ignoração", ouve-se em unissono na prata lisboeta.

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