Polícia moçambicana promove agentes acusados de homicídio de observador eleitoral

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Porto Canal com Lusa

Maputo, 24 jan 2020 (Lusa) - O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) promoveu, em dezembro, dois dos cinco agentes acusados pelo Ministério Público de envolvimento no assassínio de um observador eleitoral, em setembro, noticia hoje o semanário moçambicano Savana.

Despachos assinados pelo comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael, e datados de 27 de dezembro, mostram que Edson Silica foi promovido a subinspetor da polícia e Agapito Matavele a sargento.

Os despachos são publicados pelo semanário Savana e fonte do Comando-Geral da PRM confirmou à Lusa a autenticidade dos documentos.

A mesma fonte avançou que os nomes dos dois agentes fazem parte de uma lista com vários nomes de polícias promovidos na província de Gaza, no âmbito de promoções levadas a cabo em todo o país.

A Lusa tentou, sem sucesso, ouvir o comando-geral da PRM.

Edson Silica e Agapito Matavele foram acusados pela Procuradoria Provincial de Gaza de participação no assassinato de Anastácio Matavel, representante da Sala da Paz, uma coligação de Organizações Não Governamentais (ONG) ligadas à observação eleitoral em Moçambique.

Matavel foi baleado na via pública, em pleno dia, uma semana antes das eleições gerais.

Em novembro, a Procuradoria Provincial de Gaza, sul de Moçambique, acusou oito arguidos pelo crime, incluindo cinco agentes.

No comunicado, a procuradoria provincial imputa às oito pessoas os crimes de homicídio qualificado, dano culposo e falsificação praticada por servidor público no exercício das suas funções.

O homicídio de Anastácio Matavel provocou repúdio e condenação em Moçambique e fora do país, por se tratar de um ativista da sociedade civil envolvido na observação eleitoral e que morreu durante a campanha para as eleições, numa província conhecida pela intolerância política contra opositores da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.

PMA // VM

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