PSD: Jurisdição pede "esforço" de todos e cumprimento de regulamentos na 2.ª volta

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 17 jan 2020 (Lusa) - O presidente do Conselho de Jurisdição Nacional (CJN) do PSD escreveu hoje aos presidentes de mesa das Assembleias de Secção pedindo "o esforço" de todos e lembrando as regras do regulamento que suscitaram mais dúvidas há uma semana.

Na carta, José Nunes Liberato agradece a todos os que participaram na primeira volta das eleições diretas para escolher o presidente do PSD no dia 11 e pede "o melhor esforço" de todos para a segunda volta, que decorre entre as 14:00 e as 20:00 de sábado em todo o país.

"Queria lembrar a todos, em especial, três regras que suscitaram dúvidas em algumas mesas no passado dia 11", refere o presidente do CJN.

Em primeiro lugar, realça que "a identificação dos eleitores é unicamente feita através de documento original do cartão de identificação civil, passaporte ou carta de condução".

"As candidaturas têm direito a indicar um delegado efetivo e dois suplentes por cada mesa para fiscalizar o ato eleitoral e assinar a ata final da eleição", refere ainda.

Nunes Liberato recorda também que "a ata eleitoral deve ser assinada e entregue tão cedo quanto possível e sempre no próprio dia da eleição".

Tal como no passado sábado, a proclamação dos resultados da eleição será feita pelo Conselho de Jurisdição Nacional, que acompanhará o processo na sede nacional do partido, em Lisboa.

Na quinta-feira, a candidatura de Luís Montenegro pediu ao órgão jurisdicional do partido a abertura imediata de um inquérito sobre alegadas irregularidades em Freixo de Espada à Cinta na primeira volta das diretas relatadas pelo jornal online Observador.

Em comunicado, a candidatura pediu ainda que, se forem confirmados os factos relatados na notícia - de militantes que terão votado sem sair de casa -, "seja declarado inválido" o escrutínio da secção de Freixo de Espada a Cinta (Bragança), onde votaram 25 dos 26 militantes inscritos e todos no atual presidente Rui Rio.

O Observador identificou pelo menos dois militantes que, não podendo sair de casa, terão dito ao mandatário local de Rui Rio, Ricardo Madeira, para "fazer o risquinho onde quisesse".

Ao mesmo jornal, o presidente da secção disse desconhecer o que se passou.

O regulamento da eleição do presidente da Comissão Política Nacional determina que "o exercício de voto não é delegável, nem pode ser efetuado por correspondência".

O presidente do PSD é eleito pelos militantes do partido, com capacidade eleitoral ativa, "por sufrágio universal, direto, secreto e com voto nominativo".

Rui Rio e Luís Montenegro disputam no sábado a segunda volta das eleições diretas para escolher o próximo líder do PSD.

O atual presidente do PSD foi o candidato mais votado na primeira volta das diretas com 49,02% dos votos expressos, enquanto o antigo líder parlamentar conseguiu 41,42%. Miguel Pinto Luz, o terceiro candidato mais votado, obteve 9,55% (3.030 votos) e ficou fora da segunda volta.

SMA // JPS

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