Pais do pré-escolar preocupados com eventual convocação de professores nos exames do secundário
Porto Canal / Agências
Lisboa, 13 jun (Lusa) - Os pais dos alunos do ensino pré-escolar manifestaram hoje preocupação com a possibilidade de os professores deste nível serem requisitados para acompanhar os exames do secundário, na segunda-feira, dia de greve, ausentando-se da sua escola.
A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) transmitiu à Lusa que "está a receber preocupações de pais dos alunos do ensino pré-escolar, que se prendem com o facto de terem sido requisitados os seus professores no âmbito de medidas organizativas e de preparação dos exames" a realizar na segunda-feira.
Questionado pela agência Lusa, o Ministério da Educação esclareceu que "podem ser convocados quaisquer professores [do agrupamento], exceto aqueles da área da disciplina em causa", mas os diretores "saberão acautelar esta situação".
Cada diretor de agrupamento tem a tarefa de "convocar os professores necessários para o dia do exame" entre os docentes das escolas do grupo, acrescenta fonte do Ministério.
Segundo o Ministério liderado por Nuno Crato, são necessários 10 mil professores para a realização dos exames do ensino secundário.
Na quarta-feira, o júri nacional de exames enviou às escolas um conjunto de medidas organizativas a "adotar no processo de realização das provas finais de ciclo e exames finais nacionais".
Entre as medidas, é referido que, "a fim de poder ser assegurada a realização das provas e exames do dia 17 de junho [segunda-feira], os diretores/presidentes de CAP devem convocar para o serviço de exames, nomeadamente para o serviço de vigilância, todos os docentes de todos os níveis de ensino pertencentes aos respetivos agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas, cumprindo as regras em vigor para o serviço de vigilância".
Os sindicatos dos professores marcaram greve às avaliações e para segunda-feira, quando se realiza o exame de Português do 12.º ano, com o objetivo de contestar a aplicação do regime de mobilidade especial aos docentes por temerem o despedimento e o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais.
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