CMVM levanta suspensão da negociação de ações da Cofina e Media Capital

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 16 ago 2019 (Lusa) -- O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu hoje levantar a suspensão da negociação das ações da Cofina e do grupo Media Capital, foi hoje anunciado.

"O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou [...] o levantamento da suspensão da negociação das ações do Grupo Media Capital, SGPS SA e das ações da Cofina -- SGPS, SA, na sequência da divulgação de informação relevante", lê-se num comunicado publicado na página da internet da CMVM.

Em 14 de agosto, o Conselho de Administração da CMVM decidiu suspender a negociação das ações da Cofina e do grupo Media Capital, "aguardando a divulgação de informação relevante ao mercado", depois do Expresso ter noticiado que o dono da Cofina, Paulo Fernandes, tinha decidido entrar em negociações para a compra da TVI à espanhola Prisa.

O jornal adiantava que o empresário já tinha assinado um memorando com a Prisa há cerca de três semanas, o que lhe garantiu a exclusividade nas negociações.

Naquele mesmo dia, horas depois da suspensão da negociação das ações pela CMVM, a Cofina anunciou estar a negociar com a Promotora de Informaciones (Prisa) a aquisição da participação desta na Media Capital.

No dia seguinte, em 15 de agosto, a Prisa confirmou que mantém negociações em regime de exclusividade com a Cofina sobre a eventual venda da Media Capital, grupo português do setor dos media que detém a TVI.

Hoje, a Cofina anunciou, também em comunicado enviado à CMVM, que está a negociar com a Prisa a aquisição da Vertix, que detém 94,69% do capital social da Media Capital, e admite lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o grupo.

Em comunicado, a dona do Correio da Manhã revelou que prevê "que a Cofina venha a adquirir à Prisa a totalidade do capital social na Vertix, SGPS, S.A., sociedade comercial através do qual a Prisa detém ações representativas de 94,69% do capital social e dos direitos de voto da Media Capital, ao invés de proceder diretamente à aquisição da participação na Media Capital".

Neste contexto, a empresa, presidida por Paulo Fernandes, indicou que se encontra "atualmente a rever documentação relativa à Vertix para, em conjunto com a Prisa, concretizar definitivamente o objeto do negócio e, correspondentemente, a respetiva avaliação".

E a Cofina recordou que "conforme anunciado a 14 de agosto de 2019, a Cofina e a Prisa encontram-se atualmente a negociar, em regime de exclusividade que vigora durante um período de 30 dias, que pode ser prorrogado por vontade das partes, os termos e condições de uma potencial aquisição, pela Cofina, da participação da Prisa na Grupo Media Capital".

Caso as negociações sejam concluídas "com a celebração de um contrato de compra e venda - que incluirá os termos e condições que venham a ser acordados entre as partes para o negócio" a Cofina irá levar a cabo "simultaneamente a divulgação de um anúncio preliminar de Oferta Pública de Aquisição [OPA] sobre as ações remanescentes da Media Capital".

Tendo em conta a reduzida liquidez das ações do grupo, a "Cofina antecipa que, caso venha a ser anunciada uma OPA sobre a Media Capital, a CMVM designe um auditor independente para fixar a respetiva contrapartida".

A presença da Media Capital no panorama da comunicação social portuguesa estende-se à televisão (TVI), audiovisual, rádio, digital, música e entretenimento.

ECR (ALYN/PE/DF/RN) // MSF

Lusa/Fim

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