Eurocidade Chaves--Verín quer posto policial comum para reforçar segurança
Porto Canal / Agências
Chaves, 12 jun (Lusa) - Os autarcas da eurocidade Chaves-Verín querem criar um posto policial comum na antiga fronteira luso-espanhola de Feces de Abaixo, onde já existe a sede do projeto transfronteiriço, para reforçar a segurança dos cidadãos.
O posto policial, disseram os presidentes dos dois municípios à agência Lusa, seria constituído por forças policiais portuguesas e espanholas, facilitando o intercâmbio de informações e a colaboração em serviços de vigilância contra a emigração ilegal, na vigilância do tráfego automóvel, bem como no combate a crimes contra a propriedade, tráfico de droga, roubos e falsificação de documentos.
"Para já, o posto policial comum é apenas uma possibilidade, não havendo nada de concreto, mas é um projeto interessante e importante para o território porque promove o reforço da cooperação transfronteiriça em matéria de criminalidade", afirmaram João Batista e Juan Morán.
O objetivo, na opinião dos dois autarcas, é reforçar a vigilância e segurança dos eurocidadãos.
Com a abertura da autoestrada A75, que liga Verín à fronteira portuguesa, os presidentes consideram que houve um aumento "significativo" do trânsito, pelo que é necessário aumentar o controlo da circulação de bens e pessoas entre Portugal e Espanha.
A pedido dos autarcas, o secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan Vasquez Mao, reuniu-se, na semana passada, com o secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna para debater a criação do posto policial entre Chaves e Verín, mais concretamente em Feces de Abaixo, paredes-meias com Vila Verde da Raia.
O posto que os dois municípios querem criar, ainda sem modelo definido, é diferente dos Centros de Cooperação Policial e Aduaneira (CCPA) que existem, por exemplo, em Castro Marim ou Quintanilha.
A eurocidade Chaves-Verín, pioneira ao nível da Península Ibérica e da Europa, partilha já um cartão do eurocidadão, uma sede, uma agenda cultural, instalações desportivas e recreativas e atividades conjuntas.
Próximos passos serão a criação de uma rede de transportes transfronteiriços e a partilha de serviços nas áreas da Saúde e da Educação.
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