Ministro do Planeamento diz ser "prematuro" falar sobre terceira travessia do Tejo

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 20 jul 2019 (Lusa) -- O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, disse ser "prematuro" um compromisso do Governo quanto à terceira travessia do Tejo, sublinhando ser necessário compatibilizar "necessidades com os meios disponíveis".

Num painel sobre Contas Certas, inserido na Convenção Nacional do PS, Nelson de Souza respondia a uma pergunta da assistência sobre uma notícia do Jornal de Negócios desta semana, segundo o qual a construção de uma travessia ferroviária entre Chelas e Barreiro é uma das propostas do grupo parlamentar do PS, no âmbito do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030.

"Queria não dar uma resposta em concreto à questão da terceira travessia, estamos a estudar todos os contributos e a ver com o Ministério das Finanças pelo menos três grandes documentos em cima da mesa", afirmou, referindo-se ao PNI, mas também ao Programa de Estabilidade e ao quadro comunitário 2030.

Por isso, considerou, "será prematuro" antecipar qualquer informação nessa matéria.

"Temos de compatibilizar necessidades, sobretudo temos de conformar necessidades aos meios disponíveis", defendeu.

Neste painel, onde participou o ministro das Finanças, Mário Centeno, foram vários os elogios, quer dos colegas de Governo, quer da assistência, com uma pessoa a aludir às notícias que dão conta da sua saída para o FMI, mas sem ter resposta.

O ministro do Planeamento defendeu que a atual proposta da Comissão Europeia quanto ao quadro financeiro plurianual "não estão à altura das ambições da Europa", mas prometeu que o executivo irá bater-se "até à última noite de negociações" para a melhorar.

"Nenhum Governo poderá apresentar hoje um programa que se limite a apresentar contas certas, muito menos um Governo socialista e de esquerda. É a vida para além do défice que deve constituir as nossas propostas", defendeu Nelson de Sousa.

No entanto, olhando para Mário Centeno ao seu lado, ressalvou que "sem contas certas não há vida para além do défice".

"São as contas certas a chave mestra de todas as outras contas", reforçou.

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