Rui Rio pede resolução dos problemas das bolsas e do alojamento no Ensino Superior

| Política
Porto Canal com Lusa

O líder do PSD defendeu esta terça-feira que "o país tem de ter um Governo que resolva o problema das bolsas e do alojamento" no Ensino Superior, considerando que um jovem não pode desistir dos estudos por falta de financiamento.

Atualizado 26-06-2019 11:05

"Hoje há muitos estudantes que querem estudar e têm bons resultados, mas têm de abandonar o Ensino Superior. Isto deve-se ao problema do alojamento e às bolsas baixas. O país tem de ter um Governo que resolva este problema. Tem de haver mais alojamento para estudantes e bolsas maiores. As bolsas são despesas correntes, mas um investimento no país", considerou Rui Rio.

O presidente do PSD falava aos jornalistas após uma reunião com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) que esta tarde entregou, no Porto, a Rui Rio a Agenda Política para o Ensino Superior, um documento apresentado na sexta-feira e que, entre outros aspetos, defende o aumento do valor das bolsas dos estudantes universitários dos atuais mil euros para valores entre os 1.200 e os 1.500 euros, assim como o alargamento dos apoios sociais a mais alunos.

Rui Rio considerou que "não é admissível num país desenvolvido ter um jovem que tem aproveitamento, que tem vontade, e não pode continuar porque não teve a felicidade de nascer numa família com meios financeiros", defendendo o aumento das bolsas, uma questão que, garantiu, está "subjacente no quadro macroeconómico" do programa político do PSD.

"Esta semana vamos finalizar o quadro macroeconómico. Esta semana estará encerrado e ainda esta semana vamos afinar as medidas de maior impacto no programa. O quadro é a base das nossas propostas. Não vamos fazer nenhuma proposta que não seja financeiramente sustentável. A questão das bolsas de estudo está subjacente", disse Rui Rio.

Além da necessidade de reforço da Ação Social no Ensino Superior, o presidente dos sociais-democratas também falou do financiamento, lembrando que o CRUP reclama uma reforma na lei de financiamento do Ensino Superior "no sentido de haver regras claras e transparência e adequar à atualidade".

"No passado, a rigidez era muito grande. Hoje têm de se criar cursos novos para adaptar à exigência atual, às necessidades da sociedade e às exigências da economia e isto varia de região para região. Os senhores reitores querem regras transparentes e não opacas", resumiu Rui Rio.

A Agenda Política para o Ensino Superior esta semana está a ser distribuído aos líderes partidários, enquanto para 03 de julho está agendada a entrega ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A entrega do documento ao Primeiro-Ministro, António Costa, deverá ocorrer na primeira quinzena de julho, mas o CRUP ainda não precisou dia.

Na sede dos sociais-democratas, no Porto, o presidente do CRUP, Fontainha Fernandes, disse ter sentido "uma grande abertura do PSD para analisar as propostas" apresentadas numa reunião de trabalho que descreveu como de "grande debate".

"Portugal tem de ter mais jovens a estudar no Ensino Superior e tem de ser feita uma aposta na Ação Social", disse o presidente do CRUP, acrescentando que "há falta de financiamento crónica no Ensino Superior".

"É preciso rever a trajetória negativa. Repensar o modelo de financiamento das instituições de Ensino Superior. Não andamos a fazer reivindicações, mas há grandes linhas que nos preocupam e o CRUP quer que no início de uma Legislatura sejam definidas linhas orientadoras e eficazes para o Ensino Superior", concluiu Fontainha Fernandes.

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