Bloco de Esquerda não manda no parlamento nem manda no país - Carlos César (PS)
Porto Canal com Lusa
São Pedro do Sul, Viseu, 24 jun 2019 (Lusa) - O líder parlamentar do PS invocou hoje o sentido de "responsabilidade financeira" e a rejeição de "aventureirismos" para defender o faseamento do fim das taxas moderadoras e afirmou que o Bloco de Esquerda não manda no país.
Carlos César fez estas declarações após ter visitado a Avisacal, empresa exportadora do setor alimentar instalada em São Pedro do Sul, distrito de Viseu, no âmbito de uma deslocação integrada nas Jornadas Parlamentares do PS, que decorrem até terça-feira.
Questionado sobre se houve uma reviravolta política do PS, que agora pretende fasear ao longo da próxima legislatura as isenções no pagamento de taxas moderadoras, Carlos César negou contradições nesta matéria, invocou o princípio da responsabilidade financeira do Governo e respondeu diretamente, usando palavras duras, às críticas que têm sido feitas pelo Bloco de Esquerda.
"Aceitamos uma acusação: O PS atua com sentido de responsabilidade, com conta peso e medida nas opções a tomar. Se nós fossemos sempre atrás do estilo de aventura de que tudo é fácil, tudo é barato e tudo pode ser feito - argumentos que o Bloco de Esquerda, em especial, mas também alguns dos nossos parceiros alimentam frequentemente -, teríamos um país com uma mão à frente e outra atrás de novo. Voltaríamos ao tempo da bancarrota. Mas com o PS isso não volta a aconteceu", reagiu o presidente do Grupo Parlamentar do PS.
Interrogado sobre a ideia transmitida pelo Bloco de Esquerda de que grande parte das taxas moderadoras devem acabar já em janeiro de 2020, o líder da bancada socialista declarou: "O Bloco de Esquerda não manda na Assembleia da República, nem manda no país".
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