Vila Real, 12 jun (Lusa) -- O professor Fontaínhas Fernandes é candidato único ao cargo de reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, cuja eleição decorre a 05 de julho, anunciou a Comissão Eleitoral.

Luís Rochartre, da Comissão Eleitoral da UTAD, disse à agência Lusa que este órgão, que reuniu hoje, decidiu a candidatura do professor Fontaínhas Fernandes à eleição que ocorre no próximo mês.

Por sua vez, Fontaínhas Fernandes afirmou que apresenta a sua candidatura num contexto difícil porque acredita que é possível à UTAD delinear "um projeto coletivo e sustentável, envolvendo todos os recursos humanos" deste estabelecimento de ensino superior.

O candidato é professor catedrático de bioquímica ambiental da UTAD desde 2008, tendo sido presidente da Escola de Ciências da Vida e Ambiente de 2009 a abril de 2013.

Foi membro da reitoria da UTAD de 2006 até 2012, tendo assumido as funções de pró-reitor da Avaliação, Acreditação, Formação e da Qualidade de Ensino (2006-2010) e das Estruturas Especializadas e Projetos Estruturantes (2010-2012).

Integra ainda a direção da Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto (PortusPark), e foi um dos responsáveis pela candidatura do Regia Douro Parque, que está a ser construído em Vila Real.

O reitor da academia transmontana é eleito pelos membros do Conselho Geral, que junta representantes dos professores e investigadores, dos alunos, do pessoal não docente e elementos exteriores à universidade.

O resultado da eleição será comunicado até ao dia 12 de julho ao ministro da Educação, que homologará a decisão do Conselho Geral, e a tomada de posse deverá ocorrer no espaço de um mês.

Foi o ainda reitor, Carlos Sequeira, que pediu ao Conselho Geral para antecipar o calendário eleitoral, justificando com a necessidade de o ajustar, de forma a coincidir com as eleições dos outros órgãos da academia, nomeadamente o este conselho e as escolas da academia.

Sequeira sai três anos depois de ter sido eleito e praticamente um ano antes de terminar o mandato, salientando que, com esta decisão, "está a prestar um bom serviço" à UTAD.

O responsável garantiu que deixa a universidade "com as contas consolidadas, saudáveis e mais coesa".

"Pese embora os cortes, nomeadamente da dotação transferida, conseguimos gerar receitas que cobriram a massa salarial, todas as despesas e o défice da universidade reduz-se em duas dezenas de milhares de euros", salientou.

Ou seja, de acordo com o relatório de contas provado pelo Conselho Geral, a UTAD terminou o ano com um orçamento de 43 milhões de euros, com uma transferência estatal de apenas 26 milhões de euros.

"Vinte mil euros com oito milhões de cortes em três anos é um resultado interessante", frisou.

Já para 2013, o reitor perspetiva um "ano complicado" por causa"da indefinição" que se instalou no Ensino Superior relativamente às dotações financeiras.

A UTAD conta com cerca de 6.000 alunos, 535 docentes e 421 funcionários não docentes.

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