BE quer bibliotecas do Porto abertas diariamente até às 20:00
Porto Canal / Agências
Porto, 12 jun (Lusa) -- O Bloco de Esquerda lançou hoje no Porto uma petição pelo alargamento do horário das bibliotecas públicas da cidade que querem ver abertas de segunda a domingo e até às 20:00.
"O que estamos a pedir, a reivindicar, é que os horários da biblioteca sejam alargados", contou à Lusa a cabeça-de-lista do BE à Assembleia Municipal do Porto, Ana Luísa Amaral, uma das promotoras e primeiras subscritoras da petição lançada hoje e disponível na internet.
Na petição, que surge no âmbito da candidatura "E se virássemos o Porto ao contrário?" do bloco, encabeçada pelo candidato José Soeiro, defende-se ainda que as duas bibliotecas da cidade -- municipal e Almeida Garrett -- "não só que estejam abertas ao domingo mas que alarguem o seu horário para as 20:00, de maneira a que mais pessoas possam aceder aos livros e a todos os outros serviços que a biblioteca oferece".
Para Ana Luís Amaral, naquela que é a "segunda cidade do país" devia ser seguido o exemplo "do que acontece noutros países da Europa", como a França, "em que as bibliotecas estão abertas à noite".
"Em tempos de dificuldades económicas profundas as bibliotecas proporcionam espaços e serviços ainda mais procurados e apetecidos porque, em casa, muitos perderam já a possibilidade de ter livros, de ler com conforto, de aceder à Internet. Contudo, as Bibliotecas Públicas do Porto mantêm horários de funcionamento que impedem o acesso a quem, depois do trabalho ou por opção, as procura ao fim da tarde ou aos Domingos", pode ler-se na petição.
Para além de estar disponível na Internet em http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=bibliotecasPorto, a petição será ainda passada "pelas cantinas da Universidade do Porto e faculdades" e será entregue ao executivo da Câmara Municipal do Porto "depois do verão".
"Nós, cidadãs e cidadãos do Porto, pretendemos que as bibliotecas proporcionem um uso máximo dos espaços e do atendimento qualificado, cumprindo assim a sua missão de serviço público a toda a população", refere o documento disponível online e já subscrito por 20 pessoas entre as quais os escritores Richard Zimler e Manuel Jorge Marmelo, o investigador Alexandre Quintanilha e o diretor do FITEI Mário Moutinho.
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