Professores do ensino artístico ponderam impugnar concurso - sindicato

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 12 jun (Lusa) - Professores do ensino artístico que protestaram hoje, em Lisboa, contra um concurso de abertura que consideram "fictício", vão ponderar desencadear ações individuais de impugnação dos resultados, disse à agência Lusa fonte sindical.

Cerca de uma centena de professores das escolas de Lisboa, Coimbra, Aveiro, Porto e Braga esteve durante a manhã concentrada frente ao Ministério da Educação (ME), na avenida 5 de outubro.

Em causa está um concurso - estabelecido na portaria número 257/2013 - que, segundo Luís Pacheco Cunha, presidente do CENA (Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espetáculo e do Audiovisual), "tem incorreções graves".

Uma delegação composta por professores e representantes sindicais entregou um abaixo-assinado no ME exigindo a suspensão do concurso que abre 38 vagas para o quadro num universo de 400 professores dos 600 que lecionam nas sete escolas do país.

Luís Pacheco Cunha disse à agência Lusa que o protesto e a entrega do abaixo-assinado com 500 assinaturas tinham sido marcados há uma semana, e lamentou que a delegação não tenha sido recebida pelo ministro da Educação, Nuno Crato.

"Tivemos que deixar o abaixo-assinado na portaria. Não fomos recebidos por ninguém, nem sequer pelo chefe de gabinete", disse o sindicalista, à saída do edifício.

Os alegados erros, disse Luís Pacheco Cunha, foram comunicados ao ME, "mas os professores nunca obtiveram uma resposta e o concurso está previsto para abrir na segunda-feira".

Na opinião do sindicato, a portaria não foi feita com base nas "necessidades reais" de integração de professores nas escolas de ensino artístico.

"Agora os professores vão ponderar ações individuais de impugnação dos resultados", disse, sobre os próximos passos do processo de contestação do concurso.

Contactada pela agência Lusa, fonte do gabinete de imprensa do ME disse que "o concurso já foi alvo de uma revisão e não foi encontrado nenhum erro".

Durante o protesto na 5 de outubro, os professores exibiram faixas com as palavras de ordem "Não a este concurso fictício" e "Ensino artístico especializado, corpo docente marginalizado".

Ao longo da manhã cantaram "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso, e árias de óperas como "Rigoletto", de Giuseppe Verdi.

Vários professores que participaram no protesto relataram as suas histórias pessoais de "longos anos de espera" para entrar no quadro das escolas onde têm dado aulas.

Luís Gomes, da direção da escola de música do Conservatório Nacional, em Lisboa, embora faça parte do quadro de professores, disse estar "solidário" com o protesto, ao qual aderiu para "defender a situação dos professores e a qualidade do ensino artístico".

AG // SO

Lusa/fim

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