Associação Comercial do Porto diz que saída de Jorge Delgado não pode adiar Metro da cidade

Associação Comercial do Porto diz que saída de Jorge Delgado não pode adiar Metro da cidade
| Norte
Porto Canal com Lusa

A Associação Comercial do Porto avisou esta terça-feira que a saída de Jorge Delgado para o Governo não pode ser argumento para adiar as novas linhas do Metro do Porto, exigindo o avanço, a curto prazo, dos concursos públicos.

"A saída de Jorge Delgado para o Governo não pode ser argumento para voltar a adiar os projetos do Metro do Porto», defende Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), em comunicado.

A Associação lembra que o Metro do Porto tem atualmente previsto um investimento superior a 300 milhões de euros na construção das novas (Linha Rosa, no Porto, e Linha Amarela, em Gaia), projetos cuja concretização, temem, possa ser, agora, novamente adiada.

"Temos razões para temer que, à semelhança de tantos e tão variados anúncios em que este Governo é pródigo, também a expansão da rede do Metro do Porto não passe de uma obra de papel. Receio muito que o Governo utilize a saída do presidente da empresa como argumento para justificar que as novas linhas do Metro do Porto continuem eternamente adiadas", alerta Nuno Botelho.

Para a ACP, o investimento no alargamento da rede do Metro do Porto - que já se encontra "saturada" e, em certas linhas, até "incapaz de incorporar os aumentos da procura" - é fundamental para o desenvolvimento económico, bem como, para a melhoria da qualidade de vida no Porto, assim como, na área metropolitana.

Nesse sentido, a associação defende que o Governo deve rapidamente nomear um novo Conselho de Administração para a Metro do Porto, "dando continuidade ao imenso trabalho desenvolvido e garantindo que os concursos para as obras das novas linhas avançam no muito curto prazo".

"É público que os concursos para estas duas importantes obras estão prontos a arrancar", sublinha-se no comunicado.

Jorge Delgado, que presidia o Conselho de Administração da Metro do Porto, tomou hoje posse como Secretário de Estado das Infraestruturas.

Para Nuno Botelho este "é o reconhecimento da competência de um gestor público com provas dadas", sobretudo no Metro do Porto," que colocou de novo numa trajetória de crescimento e de expansão", mas que espera não signifique que "o Governo vai desinvestir no Porto e adiar eternamente o arranque das obras do Metro", reiterou.

O Governo vai investir, em 2019, 40 milhões de euros na expansão do metro do Porto que prevê a construção de uma nova linha Rosa e a extensão da linha Amarela.

O projeto previsto no Programa de Estabilidade 2018-2022 como investimento estruturante, vai custar, no global, mais de 307 milhões de euros (107 milhões do POSEUR) e implica construir uma nova linha de 2,8 quilómetros, a Rosa, entre a Casa da Música e São Bento, com as novas estações subterrâneas Casa da Música, Galiza, Hospital de Santo António e São Bento.

Ainda no âmbito desta obra, será construído um Parque de Material e Oficina em Vila D'Este e a linha Amarela será expandida, entre Santo Ovídeo e Vila D'Este, num troço de 3,2 quilómetros com três novas estações: Manuel Leão, Hospital Santos Silva e Vila D'Este.

Aos 307 milhões de euros somam-se 56,1 milhões de euros em manutenção e na compra de 18 novas carruagens para o Metro do Porto.

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