Utentes queixam-se dos novos horários na Linha do Douro devido às obras Caíde-Marco

| Norte
Porto Canal com Lusa

Utentes da Linha do Douro queixaram-se esta terça-feira dos novos horários implementados pela CP, devido às obras no troço Caíde – Marco de Canaveses, e de consequentes constrangimentos nas viagens para o trabalho e de regresso a casa.

Atualizado 28-11-2018 12:30

Linha do Douro está interrompida desde hoje e durante três meses entre as estações de Caíde e Marco de Canaveses, para proceder a obras de modernização da ferrovia.

Neste primeiro dia de interrupção, alguns utentes queixaram-se dos novos horários implementados pela CP, que alegam ser “incompatíveis e insuficientes”, e dos constrangimentos causados na sua vida profissional.

Pedro Marques trabalha no Porto, apanha o comboio na estação de Mosteirô, em Baião, e disse à agência Lusa que, a partir da próxima semana, passará a fazer a viagem de autocarro, deixando de usar a CP.

“Os horários atuais são impraticáveis e obrigam a um desgaste enorme”, referiu.

Desde maio que Pedro Marques utiliza o comboio para ir trabalhar, possui passe mensal e, agora, queixa-se dos “horários impraticáveis que a CP disponibilizou”.

“Hoje apanhei o comboio das 06:44 ao invés do comboio das 07:22, que deixou de existir. O principal problema será logo”, no regresso a casa, referiu.

Na opinião deste utente, “na prática, quem quiser utilizar esses horários está condenado a sair de casa às 06:00 e chegar a casa às 22:00” e “deixa de ter vida social, já que, para além das oito horas de trabalho, acaba por gastar mais seis horas em viagens”.

Diogo Pinto apanha o comboio também em Mosteirô, mas viaja em sentido contrário, para a Régua, onde trabalha há cinco anos.

“O meu horário de trabalho é das 09:00 às 18:00 e, agora, o primeiro comboio a chegar à Régua é às 10:08 e o último comboio sai às 18:53, e depois já não há mais. E, legalmente, não dá para compensar a hora que perco de manhã”, explicou.

Diogo Pinto disse que a alternativa de fazer a viagem de carro “é impraticável” devido aos “custos com o combustível e desgaste” nas estradas sinuosas do Douro.

O utente disse que, nestes últimos anos de viagens nos comboios, notou uma “degradação do serviço” devido “a supressões, à lotação das carruagens, ao material danificado e a constantes avarias”.

Os utentes falam ainda em informação disponibilizada “muito em cima da hora”.

Em consequência das obras, a CP suprimiu alguns comboios e garantiu transbordo rodoviário entre as estações de Caíde e Marco de Canaveses.

Serão realizados, nos dois sentidos, seis comboios entre Marco de Canaveses e Régua e ainda dois comboios, em ambos os sentidos, entre Régua e Pocinho.

Na semana passada, a CP e os autarcas do Douro acordaram uma “monitorização constante” e ainda “ajustamentos que permitam introduzir melhorias” na oferta planeada para a Linha do Douro durante o período de obras.

A empresa disse ainda que, no troço de Marco de Canaveses ao Pocinho, que ficará isolado da restante rede ferroviária durante o período de três meses em que decorrem as obras, as ligações serão realizadas em comboios formados por locomotiva e carruagens, utilizando material que ao longo dos últimos dois anos já circulou na Linha do Douro, nomeadamente no comboio Miradouro.

Durante uma reunião, na sexta-feira, a CP garantiu ainda aos autarcas que, “após a reabertura da linha, serão repostos a oferta e os horários” que estiveram em vigor até domingo.

Fonte do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas disse hoje que “os condicionamentos e horários da Linha do Douro foram acordados com os municípios em reuniões com a CP” e que “estão a ser implementadas soluções que minimizam o impacto do encerramento temporário da linha”.

“De igual modo, a Infraestruturas de Portugal (IP) debateu com os municípios, assim como com as associações de empresas turísticas do Douro, a obra que está a realizar na Linha do Douro, nomeadamente a necessidade de encerrar o troço Caíde - Marco durante a intervenção, de forma a que todo o processo seja mais rápido e prejudique o menos possível a atividade económica da região”, salientou a fonte.

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