Roller Derby Porto continua a subir nos rankings internacionais

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Porto Canal / Agências

Porto, 07 fev (Lusa) - A modalidade é recente em Portugal e praticada quase exclusivamente por jovens adultas, mas se as voltas que dão aos recintos para pontuar se têm multiplicado aquém-fronteiras, também a ascensão internacional da Roller Derby Porto está em marcha.

Com a vitória no segundo "bout" nacional, no fim de semana passado, por 305-75, frente às Lisbon Grrrrls, a Roller Derby Porto (RDP) fica cada vez mais bem vista nos "rankings" da WFTDA (Women's Flat Track Derby Association).

"Temos dois objetivos distintos: jogar com equipas difíceis - perder ou ganhar não interessa, muito sinceramente, queremos é ganhar prática - e chegar ao campeonato do Mundo, em Dallas (Texas, Estado Unidos), em dezembro de 2014", disse à Lusa Marta Carvalho, 33 anos, "jammer" da RDP e professora de Cine Vídeo.

O Roller Derby faz-se sobre patins, entre duas equipas de cinco elementos, em que um elemento de cada formação - a "jammer" - tenta percorrer uma volta ao recinto coberto sem ser derrubada pelas ancas e ombros de quatro "blockers" adversárias, marcando assim pontos e revezando-se com outras colegas.

Cada jogadora enverga no equipamento um nome de guerra que não deixa esquecer a componente de contacto deste desporto, que criou raízes "por alturas dos anos 50 (do século XX)" nos Estados Unidos, "quando os soldados estavam fora e as mulheres acabaram por ocupar vários postos de trabalho", explica Marta Carvalho, ou "Bloodrunner", quando joga.

"Talvez por isso é que se aliou tanto àquele poder feminino que se estava a viver naquela altura e que ainda se vive nos dias de hoje", explica a "jammer" da RDP, acrescentando: "Por isso é que ficou mais aliado à mulher que propriamente ao homem - surgiu mais como um movimento feminista".

Marta foi uma das fundadoras da modalidade em Portugal, depois de uma viagem aos Estados unidos, em 2011. "Fui ver um jogo, adorei e quis mesmo iniciar o Roller Derby em Portugal", recorda, momentos antes de iniciar mais um dos três treinos semanais que realiza com as cerca de 15 praticantes da Roller Derby Porto.

Para Ana Cruz, ou "MacPain", que aos 36 anos é designer "na vida real" e uma das cofundadoras da Roller Derby Porto, a prática da modalidade é "mesmo um escape" que lhe permite uma "sensação de paz de espírito" no final de um treino e que a incentivou a ajudar a formar uma equipa masculina, ainda sem nome e com apenas "quatro ou cinco rapazes, enquanto não se angaria mais interessados".

Minutos após perder, com as Lisbon Grrrrrls, o segundo "bout" nacional de Roller Derby no Pavilhão de Custóias, Matosinhos, Célia "Lita Gone Lethal" Remédios confirmou à Lusa a ideia de que a modalidade "baseia-se em atitude e garra das mulheres, porque este deporto mostra que as mulheres podem ser sérias, com garra e atitude sem deixarem de ser femininas."

Aos 32 anos, esta técnica de próteses dentárias natural de Lisboa quer "chegar cada vez mais longe" no Roller Derby, de modo a "aprender, evoluir e crescer para tornar isto muito sério em Portugal".

Também no final do jogo em que ajudou o RDP a vencer por mais de 200 pontos, Joana Bailão, ainda de capacete, cotoveleiras, joelheiras e pinturas de guerra, admitiu à Lusa que já esperava "uma vitória folgada."

"É o nosso oitavo jogo e o segundo delas", explica a "jammer" de 33 anos, que trabalha no secretariado de uma faculdade, adiantando que "serviu para pôr em prática algumas estratégias" que deverão aplicar no próximo jogo, na Bélgica, a 29 de março, em que defrontarão "uma das melhores equipas da Europa".

Para "Big Jo", o importante será mesmo aprender com as equipas mais experientes, até porque "cada vez mais o nome Roller Derby Porto está a ser conhecido na Europa" e importa que seja entendida "como uma equipa que existe e trabalha, mas também, quem sabe, daqui a uns tempos, como uma equipa para competir com as outras".

ACYS // PFO

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