Autárquicas: Menezes diz que suspensão de chumbo da candidatura não o surpreendeu

| Política
Porto Canal / Agências

Vila Nova de Gaia, 15 mai (Lusa) - O candidato do PSD à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes, disse hoje "não estar surpreendido" pela suspensão da providência cautelar interposta pelo Movimento Revolução Branca contra a sua candidatura, até decisão do Tribunal Constitucional.

Há cerca de um mês, os Juízos Cíveis do Porto determinaram que Luís Filipe Menezes não podia candidatar-se à presidência da Câmara do Porto, dando provimento à providência cautelar interposta pelo Movimento Revolução Branca (MRB) que condena a candidatura do ainda presidente da autarquia de Gaia ao Porto.

Mas Luís Filipe Menezes apresentou então recurso do 'chumbo' ao Tribunal da Relação do Porto e ao Tribunal Constitucional, tendo sido conhecida terça-feira a decisão dos juízos cíveis quanto ao pedido, sendo que esta foi favorável à candidatura social-democrata.

Com "tranquilidade" e "respeito" é como Luís Filipe Menezes disse ter recebido a decisão dos juízes cíveis. Em declarações à imprensa, à margem de uma visita feita hoje às obras da Douro Marina, que visitou ainda como autarca de Gaia, Menezes prometeu "continuar a sua campanha" até porque, afirmou, o tribunal já antes lhe tinha dito para avançar.

"Estamos perante uma questão política que foi transportada para os tribunais. Trata-se de uma questão política de quem convive mal com a democracia, de quem não quer que seja o povo a decidir, de quem tem medo que seja o povo a decidir, de quem tem receio do veredicto popular. De quem queria ganhar na secretaria e não ganhar no terreno de jogo. Quanto às decisões judiciais, eu não as discuto, respeito-as", disse Luís Filipe Menezes.

O candidato considerou que o "juízo constitucional é aquele que é definitivo e o mais importante", em alusão ao facto de ainda estar em falta a decisão do Tribunal Constitucional, a qual, diz estar "seguro" de que também lhe será favorável. Menezes enumerou até os "homens da lei" que "partilham" da sua opinião.

"Quando os pais da lei como Marques Guedes, Marques Mendes, Vitalino Canas, Viera da Silva já disseram claramente o que interessa. Quando constitucionalistas Viera de Andrade, Vital Moreira, Paulo Otero, Marcelo Rebelo de Sousa, e tantos outros, Bacelar Gouveia, António Cândido de Oliveira já disseram o que pensam sobre a matéria do ponto de vista constitucional, eu vou continuar a fazer o que os tribunais me disseram para fazer. Vou continuar a fazer a minha campanha", referiu.

O social-democrata aproveitou para prometer aos portuenses "uma capital de uma grande região, com o desenvolvimento de uma grande cidade":

"O Porto daqui a dez anos pode ser a Barcelona do Ocidente, com coesão social, com livros escolares gratuitos para as crianças, com investimento estrangeiro superior ao que o país está a conseguir captar", completou.

PYT (LIL/JAP/CCM/JF) // MSP

Lusa/fim

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