Miguel Macedo diz que televisões fazem "especial gala" na cobertura de incêndios

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Porto Canal / Agências

Pombal, 15 mai (Lusa) -- O ministro da Administração Interna (MAI), Miguel Macedo, disse hoje, em Pombal, que as televisões fazem "especial gala na cobertura dos incêndios" florestais e não gastam "um minutinho do seu tempo" com a prevenção.

"Estão aqui as televisões e eu aproveito para dizer. Impressiona-me sempre que as televisões façam especial gala na cobertura dos incêndios florestais e não gastem um minutinho do seu tempo a percorrer o país, a ver o que está feito ou não está feito em termos de prevenção", afirmou Miguel Macedo, que falava no Teatro-Cine de Pombal, na sessão de abertura de um debate sobre "Desastres naturais -- preparação, socorro, recuperação", promovido pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

Para o ministro, esta "não é uma questão de agora".

Miguel Macedo assegurou que não suscitava agora a questão por ser o responsável pela pasta da Administração Interna, mas por se estar a "chegar à época de incêndios" e por entender que seria "muito pedagógico que isso acontecesse", porque teme que, "no domínio da prevenção, se não esteja a fazer tudo aquilo que se deveria estar a fazer".

O ministro da Administração Interna, "por dever do ofício e por tradição", é "sempre interpelado em agosto, quando os problemas [os incêndios florestais] crescem, mas ninguém cuida de saber, antes desse momento -- esse, sim, o momento do MAI -- o que é que se fez ou o que é que se deixou de fazer para que se evitem os problemas, ou o avolumar dos problemas, nas alturas mais críticas".

É evidente, sublinhou Miguel Macedo, que "isto não é um problema das televisões, nem é um problema da comunicação social, mas é um problema" sobre "a forma como todos, coletivamente, se posicionam em relação às questões, aos desastres e aos problemas dramáticos que atingem todos os cidadãos e as comunidades".

Miguel Macedo levantou "este ponto" porque adivinha que, "este ano, se vão repetir as situações que lamentavelmente ocorrem em cada um dos anos", explicou.

"Naquilo que nos compete [MAI], consideramos que temos um bom dispositivo de reação às situações que temos pela frente, na lógica daquilo que tem sido uma política de há anos neste domínio, ou seja: aumentar e incrementar a reação o mais rapidamente possível, apagar os fogos o mais rapidamente possível".

Questionado pelos jornalistas, após a sessão, o governante, afirmou que, na sua intervenção, não fez "nenhuma crítica à comunicação social", a qual, aliás, "nunca" critica, garantiu.

"Eu apelei à comunicação social para participar num esforço, que é pedagógico", no sentido de verificar, de "só gastar uns minutinhos" sobre aquilo "que está a ser feito e não está a ser feito no domínio da prevenção".

"A área de prevenção não é a minha área, não é da Administração Interna", é de "outros ministérios", sustentou o ministro.

"Não sou eu que limpo matas, que faço o planeamento", salientou.

Mas "há todo o diálogo e toda a colaboração" entre os diferentes ministérios, assegurou Miguel Macedo, referindo que responde pelas suas áreas.

"Não ponho em causa o trabalho [dos outros], constato", concluiu.

JEF // SSS

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