Miguel Poiares Maduro considera que números indicam que pior já passou

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Porto Canal / Agências

O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, afirmou hoje, em Montalegre, que os "número positivos" da execução orçamental demonstram que o "pior já passou", mas considerou que "o país não pode enveredar por caminhos de facilitismo".

"O que os dados indicam é que o pior já está para trás, mas o país não pode enveredar por caminhos de facilitismo, foi isso que nos trouxe à situação terrível que enfrentamos e estou certo que os portugueses não querem que se volte a repetir", disse o governante na abertura da 23ª edição da Feira do Fumeiro e Presunto do Barroso.

Os portugueses, defendeu o ministro, já não acreditam em discursos de facilitismo e sabem que uma crise com a "profundidade daquela" que o país sofreu e da qual ainda está a recuperar não se resolve de um dia para o outro.

"Não é por termos tido uma execução orçamental positiva, ao contrário daquilo que tinha sido anunciado e repetido várias vezes, sobretudo pela oposição, foi uma execução orçamental que cumpriu plenamente e mais que superou as obrigações que tínhamos relativamente à 'troika'", afirmou.

Miguel Poiares Maduro realçou que os resultados "muito positivos" são produto do "grande" esforço em termos de consolidação de controlo da despesa pública e recuperação económica, que o país tem vindo a fazer nos últimos meses, tendo como consequência um aumento da receita.

E, acrescentou, "nenhum Governo impõe ou aplica austeridade por prazer (...), o Governo sabe e os portugueses sabem que devido à situação de emergência económica muito difícil em que se encontrou o país foi necessário adotar medidas muito fortes e impor sacrifícios grandes aos portugueses em termos de controlo de despesa".

Ao longo do ano, relembrou o governante, foi dito que o orçamento era inverosímil, que seria impossível ao Governo, com ou sem receitas extraordinárias, cumprir os resultados, que agora foram "claramente superados", sublinhou Poiares Maduros.

De acordo com a síntese da execução orçamental de 2013, hoje publicada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), para efeitos do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), o défice em 2013 ficou abaixo do acordado em 1.748,5 milhões de euros, pelo que a meta foi cumprida.

No entanto, em contabilidade pública, o saldo das administrações públicas no final de 2013 foi de -8.730,9 milhões de euros, acima dos -7.134,6 milhões de euros registados em 2012.

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