UGT adverte que Governo corre o risco "de perder" parceiro social

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 07 jun (Lusa) - O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, afirmou hoje que o Governo corre o risco "de perder" um parceiro social caso não se verifique uma "inversão de políticas" após a greve geral de 27 de junho.

"O que queremos é a inversão de políticas. Não está em causa o Governo, o que está em causa são as políticas do Governo e esperamos que com este sinal [o Governo] perceba que está em risco de perder um parceiro social que, nos últimos anos, tem servido para ser uma bandeira na credibilidade e na estabilidade do país", avisou Carlos Silva.

O secretário-geral da UGT, que falava aos jornalistas no Ministério da Economia, em Lisboa, onde entregou esta tarde um pré-aviso de greve, alertou também para a possibilidade da estrutura sindical "rasgar o acordo de Concertação Social", assinado entre o executivo e os parceiros sociais, à exceção da UGT, a 18 de janeiro de 2012.

"É uma matéria que está em cima da mesa. Não queremos deixar cair o acordo porque fez parte da estratégia da UGT no sentido de ajudar o Governo e os restantes parceiros sociais a conseguirem o empréstimo da 'troika', de 78 mil milhões de euros (...), mas está nas mãos do Governo a decisão de nos empurrarem para uma decisão mais trágica", afirmou Carlos Silva.

Reforçou, por isso, o apelo para adesão à greve geral de 27 de junho, "pela dignidade dos trabalhadores em geral e, em particular, pelos trabalhadores da administração pública, pelos reformados e pensionistas, contra o desemprego, contra a falta de perspetivas de emprego dos jovens, para um conjunto de matérias que prejudicam o país".

A CGTP anunciou a realização de uma greve geral na passada sexta-feira, 31 de maio. Na segunda-feira, a UGT anunciou a convergência com a Intersindical e a participação no protesto.

Esta é a décima greve geral em Portugal desde o 25 de abril e a quarta envolvendo as duas centrais sindicais.

A 'troika' é composta pelo Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu.

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