Dirigente da Ciência Viva eleita presidente da maior rede europeia de centros de ciência
Porto Canal / Agências
Lisboa, 07 jun (Lusa) -- A presidente da Ciência Viva e diretora do Pavilhão do Conhecimento, Rosalia Vargas, foi eleita hoje presidente da maior rede europeia de museus e centros de ciência, o European Collaborative for Science, Industry and Technology Exhibitions (ECSITE).
À frente da Ciência Viva desde 1996, Rosalia Vargas comentou, em declarações à agência Lusa, ser "sempre importante que outros países reconheçam em Portugal capacidade para presidir a uma instituição" como o ECSITE, entidade de cooperação europeia para a divulgação da ciência, indústria e tecnologia.
Visando "unir esforços entre instituições na divulgação científica e tecnológica", o ECSITE tem mais de 400 membros de 50 países, entre centros de ciência e museus, zoos, aquários, universidades e empresas de comunicação de ciência, segundo um comunicado da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.
Rosalia Vargas é a primeira presidente do ECSITE eleita, para um mandato de dois anos, pelos membros da organização, já que, até agora, o presidente era designado pelo Conselho de Direção, que a portuguesa integrou de 2001 a 2007.
Falando telefonicamente a partir da Suécia, onde está a decorrer a assembleia-geral anual do ECSITE, Rosalia Vargas considerou que a eleição significa que Portugal vai "ter uma voz mais presente numa grande organização internacional" e constitui "o reconhecimento do trabalho da Ciência Viva".
Resultado "de um trabalho conjunto da comunidade científica", em Portugal, a Ciência Viva "é um caso de sucesso", disse, destacando o "trabalho muito dirigido à educação científica", através dos projetos com as escolas, e a promoção da cultura científica junto do público em geral.
Rosalia Vargas salientou ainda o papel da Rede Nacional de Centros Ciência Viva, com 20 centros em todo o país, incluindo as regiões autónomas.
No programa da sua candidatura, a portuguesa defendeu "o estabelecimento de alianças além da Europa", por exemplo em África e na Ásia.
A propósito, referiu que, ao nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a Ciência Viva tem o primeiro programa em curso, "para a instalação de um grande centro de ciência" em Angola.
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