Galp ganha mais quatro blocos 'offshore' no leilão petrolífero no Brasil

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 14 mai (Lusa) -- A Galp ganhou hoje mais quatro blocos de exploração petrolífera 'offshore', em parceria com Petrobras e BG, no leilão a decorrer no Brasil, pagando um prémio de assinatura de 251 milhões de reais (96 milhões de euros).

Segundo os dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo do Brasil (ANP), a petrolífera portuguesa integra, com uma posição de 10%, o consórcio vencedor de quatro blocos no 'offshore' da bacia de Barreirinhas, na região norte do Brasil, aliada à BG (operadora, com participação de 50%) Petrobras (40%).

O consórcio pagou um prémio de 96 milhões de euros (251 milhões de reais) pelos quatro blocos na bacia de Barreirinhas, que ainda não entrou na etapa de produção.

A Petrobras é atualmente a única operadora na bacia, onde foram notificadas duas descobertas desde janeiro de 2012.

Já antes, a Galp tinha ganho, em consórcio com a Petrobras, quatro concessões de exploração de petróleo, nos leilões que estão a decorrer no Brasil, pagando um prémio de assinatura de cerca de 4,3 milhões de euros.

A petrolífera portuguesa e a brasileira Petrobras, que concorreram com participações em partes iguais, pagaram em prémios cerca de 22,3 milhões de reais (8,6 milhões de euros) em quatro blocos da Bacia de Parnaíba, uma exploração que será feita em terra (onshore).

A 11ª Rodada de Licitações, que se iniciou hoje, deverá colocar em leilão, segundo a ANP, 289 blocos, totalizando 155,8 mil quilómetros quadrados, distribuídos por onze bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano.

Além dos 172 blocos anunciados no dia 11 de janeiro de 2013, foram também incluídos 117 novos blocos, dos quais 65 na Bacia Foz do Amazonas, 36 na Bacia de Tucano, dez na Bacia de Pernambuco-Paraíba e seis na Bacia do Espírito Santo Mar.

Nos leilões, que decorrem até quarta-feira, estarão presentes 71 companhias de 21 países, a disputar blocos petrolíferos que têm uma reserva estimada de 9,1 mil milhões de barris.

Este 11.º leilão "é um evento importante porque o setor estava paralisado desde 2008-2009", sublinhou o especialista no setor petrolífero Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestruturas, no Rio de Janeiro.

"O que diferencia este 11.º leilão de ofertas é que visa a descentralização da produção de gás e de petróleo no Brasil. Os blocos propostos estão em dez Estados das regiões norte e nordeste, onde a produção não existe ou ainda estão na sua infância, e somente um na região sudeste", explicou à AFP o diretor da ANP, Hélder Queiroz.

O Brasil é um dos principais territórios no mundo onde a Galp espera aumentar a sua presença nos próximos anos, estando presente no país desde 1999.

A petrolífera portuguesa está presente em cerca de 20 projetos em parceria com a Petrobras, entre os quais o campo Lula, na Bacia de Santos, onde estão uma das maiores reservas mundiais de petróleo no alto mar (offshore).

Em terra (onshore), a Galp opera em vários blocos nas bacias de Potiguar e de Sergipe-Alagoas.

JNM (AJG/CSR) // PDF

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