CDU quer ajuda do Estado para resolver problema das ilhas habitacionais do Porto

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Porto Canal / Agências

Porto, 23 nov (Lusa) -- O vereador da CDU na Câmara do Porto, Pedro Carvalho, pediu hoje uma "postura ativa" da autarquia "face ao poder central" para criar para as ilhas da cidade um plano semelhante ao da "erradicação de barracas".

Demolir não será a solução para todos estes conjuntos habitacionais típicos do Porto ainda existentes na cidade, pelo que na reunião camarária de terça-feira o comunista vai pedir à autarquia a realização de um estudo de caracterização para a elaboração de projetos de requalificação ou erradicação.

Em declarações à Agência Lusa no fim de uma visita à zona de S. Vítor, no Bonfim, onde se concentram "mais de 30 ilhas", Pedro Carvalho vincou ser este o momento para aproveitar os fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para 2014/2020 para solucionar o problema.

"Há uma reocupação das ilhas. O mais importante é conhecer a realidade para poder atuar. Este tem sido um problema sempre adiado. Temos tido respostas casuais, mas queremos um plano sistematizado", defendeu.

Pedro Carvalho recordou que em dezembro de 2011 o executivo aprovou fazer uma atualização do estudo de 2001 sobre as ilhas "no período de oito meses", mas "o objetivo não foi concretizado".

Admitindo estar "com alguma expectativa" no executivo liderado pelo independente Rui Moreira, Pedro Carvalho alertou que a Câmara "tem de ter uma postura ativa face ao poder central".

Uma ilha é um tipo de habitação operária típica do Porto no século XIX, constituída por edifícios unifamiliares, normalmente de um piso e separadas ou ladeadas por um corredor de acesso à via pública.

Pedro Carvalho justificou ter escolhido visitar a zona de S. Vítor porque ali se concentram "tipologias de quase todos os tipos de ilhas do Porto", sejam as "de corredor" ou as "de pátio, com possibilidade de ampliação", bem como a diversidade socioeconómica que as caracteriza.

Estas diferentes características passam, nomeadamente, pelas distintas condições de salubridade dos conjuntos habitacionais, mas também pelos preços praticados: bastante baixos, no caso de pessoas que ali residem há muito tempo, mas que também rondam os "250 ou os 300 euros para os moradores mais recentes", explica o comunista.

Pedro Carvalho diz ter visitado "135 ilhas nos últimos cinco meses" e refere que o "levantamento de dados feito pela Domus Social [empresa municipal que gere a habitação do município] deixa dúvidas", apontando para a existência de "700 ilhas".

ACG // MSF

Lusa/fim

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