Tribunal de Ponte de Lima julga português que matou ex-mulher na Suíça

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Porto Canal / Agências

Ponte de Lima, 22 nov (Lusa) - O emigrante português que confessou a autoria do homicídio da ex-mulher, ocorrido na Suíça em 2012, começa a ser julgado no tribunal de Ponte de Lima a 16 de dezembro, disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.

O homem, de 36 anos, está em prisão preventiva desde 25 de julho de 2012 e o crime foi cometido num parque de estacionamento numa localidade suíça, país onde o casal residia há 14 anos.

O homicídio aconteceu a 04 de julho daquele ano, quando o emigrante, um trabalhador da construção civil, disparou sete tiros à queima-roupa sobre a ex-mulher, de 31 anos.

O português, que tal como a vítima é natural de Ponte de Lima, esteve fugido durante mais de vinte dias, acabando por se entregar na Polícia Judiciária de Braga, confessando a autoria do crime.

A 16 de dezembro começa a ser julgado no tribunal de Ponte de Lima pela alegada autoria do crime de homicídio e pela posse de uma arma proibida, que terá adquirido dias antes em Portugal.

Em julho de 2012 as autoridades suíças emitiram um mandado internacional de captura e solicitaram o apoio da polícia portuguesa, por suspeitarem da sua fuga para Ponte de Lima.

Por envolver portugueses e pela impossibilidade de extradição para a Suíça, será a Justiça portuguesa a julgá-lo, tendo em conta que o Ministério Público de Ponte de Lima também abriu um inquérito, na altura, ao homicídio.

Conforme indicou na altura da detenção fonte da Polícia Judiciária, o homicídio terá sido "motivado por razões passionais", após vários anos de violência doméstica, física e psicológica, que levaram à separação do casal em 2011.

O emigrante chegou a ser detido pelas autoridades suíças, nos meses que antecederam o crime, por três vezes, por se aproximar da ex-companheira.

O homicídio terá sido preparado pelo português nos dias anteriores, após a sua saída de um mês de detenção por se ter voltado a aproximar da ex-companheira, entretanto envolvida num novo relacionamento.

Entre 28 de junho e 01 de julho o alegado homicida viajou para Portugal, altura em que adquiriu a arma, para a qual não tinha licença, tendo mantido contactos, considerados habituais, com a família da ex-mulher, em Ponte de Lima.

De regresso à Suíça, segundo a acusação deduzida pelo Ministério Público, terá estudado durante dois dias o percurso habitual da ex-companheira no parque de estacionamento da estação de caminho-de-ferro de Schübelbach-Buttikon.

A 04 de julho surpreendeu-a naquele local público e, quando esta tentava fugir ao volante da sua viatura, abriu-lhe a porta e disparou por sete vezes. Alguns dos disparos foram feitos a distâncias de 10 e 20 centímetros do corpo da mulher, tendo um projétil trespassado o coração da vítima, provocando-lhe morte imediata.

O homicida confesso colocou-se de seguida em fuga, até se entregar às autoridades portuguesas.

A guarda da filha menor do casal, nascida já na Suíça e hoje com 14 anos, foi entregue a familiares maternos.

PYJ // MSP

Lusa/fim

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