Câmara de Valongo vai "pressionar" Governo sobre Finanças de Ermesinde

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Porto Canal / Agências

Porto, 22 nov (Lusa) -- O presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, revelou hoje ter manifestado ao Governo "total disponibilidade" para encontrar uma solução que evite o encerramento ou fusão de serviços de Finanças no concelho e prometeu pressioná-lo "ativamente".

"Vou estar ativamente a pressionar. Quis vir aqui de propósito porque estas ações servem para isso mesmo, para pressionar as autoridades a perceber que isto não é uma boa opção", esclareceu o autarca socialista que venceu as eleições de setembro, justificando a presença na manifestação realizada hoje pelo movimento "Utentes das Finanças de Ermesinde", em frente à repartição.

Os contactos feitos com a secretaria de Estado das Finanças indicam que o encerramento das Finanças da freguesia de Ermesinde é "um cenário", mas na carta enviada à tutela José Manuel Ribeiro mostrou desde já a "disponibilidade total do município para encontrar a solução de um espaço que evite mexer na situação atual".

"O que está em causa é a redução de custos. [O espaço] pode ser municipal ou não, queremos um espaço que permita que ponderem nem sequer fundir os serviços", alertou o autarca.

O contacto foi feito há cerca de três semanas e o presidente da Câmara de Valongo acha "que já deviam ter respondido".

"Na Câmara tomámos uma decisão por unanimidade para manifestar preocupação com este cenário, porque segundo o gabinete da secretaria de Estado é um cenário. O que pedimos foi que, antes de decidirem, falem connosco. Estamos a aguardar, já pedimos uma audiência", adiantou.

Vincando que Valongo tem "duas repartições com realidades distintas" e que "ambas dão apoio a freguesias para lá do concelho", o autarca garantiu estar "ao lado da população" contra a "eventualidade" de encerramento por considerar que o mesmo será "muito nefasto".

O protesto da manhã de hoje, em que participaram algumas dezenas de pessoas, foi convocado pelo movimento dos "Utentes das Finanças de Ermesinde" porque "neste momento há uma intenção mas das intenções aos atos é muito rápido", justificou a porta-voz, Ângela Ferraz.

"Não há negociação possível, este serviço não pode fechar. Vamos lutar até ao fim para que este serviço seja mantido", vincou, explicando que a repartição da freguesia de Ermesinde serve ainda a população de Alfena, Valongo, e de Águas Santas, Maia.

"Ermesinde tem 38.800 habitantes, Valongo tem 26.800. Se somarmos isto, temos (...) 60 mil pessoas. Se centralizarem tudo num serviço em Valongo, que já é caótico, como vão conseguir dar resposta a tanta gente?", questiona Ângela Ferraz.

A representante do movimento alerta ainda para o prejuízo que o fecho da repartição pode representar para o comércio e serviços da freguesia, bem para os técnicos de contas ali sediados, já que a deslocação para o centro de Valongo implica custos e mais tempo para resolver os assuntos.

Vitor Menezes, um técnico ortoprotésico de 45 anos era um dos participantes no protesto e defendeu que o serviço público prestado pela repartição de Ermesinde "tem de ser mantido como serviço público".

Isto "para não acontecer como no caso da Maia, em que é caótico e as pessoas estão um dia inteiro para resolver um assunto".

"Ermesinde tem muita população e precisa deste serviço. Já chega, acho que estarmos na hora de acabarmos com isto e mantermos público o que é público", sublinhou.

ACG // JGJ

Lusa/fim

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