Instituições públicas com sedes fictícias: "Estão a fazer figura de corpo presente e a dar despesa inútil ao Estado"

Luís Aguiar-Conraria, professor de Economia da Universidade do Minho, afirma que o dinheiro gasto pelo IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação) e pela AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), instituições públicas com sedes fictícias sediadas no Norte mas administradas a partir de Lisboa, têm "um duplo impacto negativo" sendo que o maior é o facto dos trabalhadores que estão no Porto estarem "a fazer figura de corpo presente e a dar despesa inútil ao Estado". Defende ainda que estes não são "casos isolados, é mesmo assim" mas que "se houver vontade política e de ter um país menos assimétrico é possível" corrigir estas situações.