No programa ‘Universo Porto da Bancada’, o Diretor de Conteúdos do FC Porto analisa os confrontos entre simpatizantes do Sporting e Benfica, durante o clássico do passado fim-de-semana, nas bancadas do estádio de Alvalade, resultantes da cedência de lugares anuais dos adeptos ‘leoninos’ a adeptos ‘encarnados’.

“Eu ficaria envergonhado se fosse adepto do FC Porto e visse adeptos do FC Porto em massa a fazer uma coisa destas. O FC Porto podia estar em 15º lugar, que se o Benfica viesse aqui com a hipótese de ser campeão não ia haver adeptos do FC Porto a ceder os seus lugares a adeptos do Benfica, centenas ou até mesmo milhares como aconteceu ali”, afirmou Diogo Faria.

“Eles são todos a mesma coisa. Cada vez mais unidos, mais difícil distingui-los. Vemos ali camisolas do Benfica porquê? Porque a direção do Sporting assim o quis. A direção do Sporting acha que os adeptos do Benfica devem estar devidamente identificados no meio dos sportinguistas.”, acrescentou.

Por sua vez, Francisco J. Marques, Diretor de Comunicação do FC Porto, assinala que “é mais difícil entrar no estádio do Sporting com um cachecol da Juve Leo do que com um cachecol do Benfica, o que é espetacular.”

“O presidente do Sporting coloca-se numa posição subalterna relativamente ao presidente do Benfica e neste jogo o Sporting colocou-se numa posição subalterna em relação ao Benfica, abriu-lhes a porta e disse venham como quiserem, tragam os vossos cachecóis, as vossas camisolas, façam a festa, e se formos prejudicados não se preocupem que nós não vamos protestar, não vamos dizer nada, só vamos falar amanhã à noite”, alega Diogo Faria.

“Acho genuinamente que houve gente na direção do Sporting que teve pena que não houvesse festa do Benfica. Devem achar que é um espectáculo bonito, e depois se calhar até se podiam pôr numa posição moralista a dizer vejam lá como abrimos as portas, somos uns cavalheiros, que eles gostam muito de se armar em cavalheiros e que têm superioridade moral. Esta aliança entre o Sporting e Benfica, eles são intrinsecamente a mesma coisa. O que distingue Frederico Varandas de um benfiquista? Não sei, não consigo perceber”, rematou o dirigente portista.