"Vir a estas Bicas, beber desta água, passou a ser incorporado no culto a Nossa Senhora da Hora"
No lugar da Senhora da Hora, antigamente designado como "o lugar da Mãe d'água", Joel Cleto conta que "este sítio, com estas caraterísticas, terá ficado associado desde épocas muito antigas a um espaço algo mágico", sendo o mais destacado a Fonte das Sete Bicas. Associado a questões da maternidade e da fraternidade, esta fonte era também conhecida pelas suas "caraterísticas casamenteiras" uma vez que diz-se que "quem conseguir beber de um só folgo das Sete Bicas, no dia da festa da Senhora da Hora, é certo e sabido que se anda à procura de um(a) companheiro(a) até à festa do ano seguinte vai conseguir encontrar". O historiador conta ainda que a partir da segunda metade do século XVIII, "vir a estas Bicas, beber desta água, passou a ser incorporado no culto a Nossa Senhora da Hora".