EUA/Escutas: Líder de comissão do Senado "totalmente contra" espionagem a aliados

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Porto Canal

A senadora democrata Diane Feinstein garantiu que os legisladores foram mantidos na ignorância das escutas a dirigentes mundiais, como a chanceler alemã, Angela Merkel, num momento em que a revelação destas operações de espionagem afeta as relações entre os Estados Unidos e a Europa.

"Sobre o conjunto de informações obtidas pela Agência de Segurança Nacional [NSA, na sigla em inglês] de líderes de aliados dos Estados Unidos - incluindo a França, a Espanha, o México e a Alemanha - declaro inequivocamente: sou totalmente contra", afirmou a senadora Feinstein.

"É claro para mim que certas atividades de vigilância decorrem há mais de uma década e que a Comissão do Senado das Informações não foi informada satisfatoriamente", acrescentou.

Considerando fundamental que os membros da comissão do Senado sejam informados das atividades dos serviços de informação para fazer o seu trabalho, a líder da comissão pediu uma "revisão total" dos programas de espionagem levados a cabo pelos Estados Unidos.

As declarações de Feinstein surgem num momento em chegaram aos Estados Unidos cerca de 20 eurodeputados para obter explicações sobre as escutas das secretas norte-americanas.

A chegada dos eurodeputados para contactos com as autoridades norte-americanas coincidiu com novas revelações a dar conta de mais de 60 milhões de chamadas telefónicas escutadas pela NSA em Espanha entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013.

A Casa Branca reconheceu na segunda-feira que precisa medir melhor os riscos e vantagens nas suas atividades de espionagem, considerando que, mesmo que estas operações tivessem aval técnico, não significa que devessem ter sido realizadas.

O Wall Street Journal, citando altos responsáveis não identificados, noticiou que o Presidente norte-americano, Barack Obama, desconhecia as escutas a Angela Merkel e que, quando soube delas, mandou pará-las.

Numa entrevista concedida na segunda-feira à nova cadeia Fusion, do grupo ABC, Obama recusou-se a falar especificamente sobre as escutas a Merkel, mas referiu-se genericamente ao escândalo da espionagem.

"Nós damos-lhes as instruções", afirmou Obama sobre as operações da NSA, denunciadas publicamente pelo ex-consultor da agência Edward Snowden, exilado na Rússia.

"Mas nos últimos anos as suas atividades desenvolveram-se e alargaram-se", prosseguiu o Presidente norte-americano, que garantiu ser essa a razão para ter pedido "um reexame" das operações de espionagem, para ter a certeza de que a NSA "não fará aquilo que tem possibilidade de fazer e não deve".

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