Êxitos dos Blur conquistam o público no Primavera Sound

| Norte
Porto Canal / Agências

Porto, 01 jun (Lusa) -- Os Blur, uma banda com êxitos planetários, foram capazes de pôr aos pulos e a cantar em coro o público do Optimus Primavera Sound, um festival referenciado pela música alternativa.

Ao contrário da noite anterior com Nick Cave, desta vez houve um encore com quatro músicas que terminou com a assistência, que enchia o recinto do palco principal do festival do Porto, a dançar e a cantar o estribilho de "Song 2".

Essa música é uma das mostras de que os britânicos, uma das bandas mais importantes da "brit-pop" apesar da popularidade conseguida com êxitos fáceis de trautear, encaixam na programação de um festival de música alternativa como o que hoje termina no Parque da Cidade.

A carreira da banda, formada em 1989, tem sido interrompida ao longo de vários períodos e desde 2003 que não lançam qualquer álbum de originais, mas têm no reportório temas suficientes para um encontro com o público do festival, que não regateou aplausos.

"Girls and boys" , "There's no other way" e "Beetlebum" foram as músicas ritmadas que abriram o concerto com o vocalista Damon Albarn constantemente a atirar água para público, e a acabar o concerto com uma das coroas de flores, uma das marcas cénicas do festival deste ano.

Houve "Coffee and TV", "Country House", "Park Life", "End of a century" e um "This is a low" dedicada aos portugueses "pela sua relação com mar e coisas assim".

Depois dos Blur, perto das 03:00, a grande maioria das pessoas abandonou o recinto, após uma longa maratona de concertos, distribuídos por quatro palcos que começara às 17:00 de sexta-feira com os portugueses Dear Telephone.

Ao fim da tarde, no espaço de descanso com baloiços, uma das novidades do festival deste ano, era possível ouvir o som de três palcos. Márcia Andrade que veio de Espinho para o festival afirmava que a escolha era entre "o sol e a sombra".

Na parte mais soalheira do Parque da Cidade era possível ouvir Neko Case, que tem atuações nos "talk shows" norte-americanos e tema no filme "Hunger games". À sombra era possível escutar o som mais denso do "drone metal" dos OM.

Um contraste que se viria a repetir quando os Local Natives tocaram o seu "indie rock" ao pôr-do-sol, mostrando-se encantados com o Porto e os passeios que deram por Gaia. "Adoramos o vosso espírito", disseram.

À mesma hora, no palco All Tomorrows Parties, o público podia optar pelas canções de rock melancólicas de Daniel Johnston, um artista autodidata apaixonado pela música e que sofre de uma doença mental debilitante, que viria a ser revelado ao mundo pelo documentário "The devil and mr. Johnston" de 2005.

O dia também se escreveu com as atuações dos Meat Puppets, capazes de misturar o "punk" com o "country" e mesmo de tocar "Beach Boys", dos Metz, com um "punk" com uma leitura do século XXI e dos Swans, que tocaram vários temas novos.

Os Mão Morta, convocados à última hora para substituir Rodriguez, acabaram por ser os portugueses com mais público no festival. "São a melhor banda portuguesa", exultava um fã no final do concerto que terminou com "Anarquista Duval".

O festival acaba hoje com a atuação de bandas como Dinossaur Jr, Explosions in the Sky e My Bloody Valentine.

DP// DM.

Lusa/fim

+ notícias: Norte

“Fui ao mar buscar água para lavar a louça”. 14 pessoas vivem sem água e luz no parque de campismo de Cortegaça

Sem acesso a água potável e eletricidade. É assim que 14 pessoas ainda vivem no parque de campismo de Cortegaça, no concelho de Ovar. Dívidas contraídas pela anterior gestão da infraestrutura estão na origem de um problema cuja solução, mais de meio ano depois, poderá chegar já no final do mês de abril.

Homem desaparecido há mais de um mês encontrado morto em habitação devoluta em Braga

Um cadáver foi encontrado, na tarde desta quinta-feira, no interior de uma habitação devoluta na Rua Cidade do Porto, em Braga. 

Vítima encarcerada após despiste na A28

O despiste de um veículo ligeiro, na A28, na saída de Outeiro, em Viana do Castelo, deixou na tarde desta quinta-feira, uma mulher de 45 anos encarcerada.